O Santuário do Senhor dos Mártires em Alcácer do Sal: Antigo convento sede da Ordem de Santiago em Portugal

Freguesia/Concelho: União de Freguesias de Alcácer do Sal e Santa Susana, Concelho de Alcácer do Sal.

Localização: Localiza-se no espaço periurbano da cidade alcacerense, para poente, dominando um dos acessos entre o rio Sado e a zona alta de colina escarpada onde se localiza o castelo de Alcácer do Sal. Está classificada como Imóvel de Interesse Público, por decreto de lei de 1961. O templo é composto por vários corpos distintos: a galilé, a torre sineira, o edifício da igreja e três capelas – Capela do Tesouro, Capela de Maria Resende e Capela de São Bartolomeu.

Coordenadas geográficas: 38°22'22.29"N, 8°31'13.23"W (CMP. 1:25.000, Folha 476).

Descrição: Necrópole pública, desde a Idade do Ferro, e panteão da Ordem de Santiago, durante a Idade Média, o Santuário do Senhor dos Mártires é um dos monumentos cristãos mais antigos do país. A construção da primitiva igreja, da qual subsiste apenas a Capela do Tesouro, data do século XIII, por iniciativa dos cavaleiros da Ordem de Santiago. Esta capela, adossada ao lado sul da igreja, é composta por nave e altar-mor com cobertura de cruzaria de ogivas. A capela de São Bartolomeu, construída como capela sepulcral de D. Garcia Peres, mestre da Ordem de Santiago, em 1333, possui planta octogonal, com contrafortes nos ângulos e cobertura em abóbada de nervuras, no interior, e terraço, no exterior. Nas fachadas rasgam-se janelas maineladas e o remate é feito por uma cachorrada lisa, que sustenta a cornija. A capela de Maria Resende foi edificada por volta de 1427 e apresenta-se, também, com características do estilo gótico, com frestas em arco quebrado e cobertura em abóbada nervurada. No interior, destaca-se um nicho ogival com colunas de capitéis decorados com motivos vegetalistas. “Destaca-se ainda o portal, de grande elegância, do tipo batalhino evolucionado, com as arquivoltas multiplicando-se em elementos de espessura diversa, e capitéis de folhagem abundante e de forte cariz naturalista”. (Dias, 1993, pág. 98) No terraço, na junção das duas capelas, ergue-se um lanternim, que serviria para iluminar o acesso às capelas, feito por uma escada em caracol.

A igreja é composta por planta longitudinal com nave única e capela-mor, de menor dimensão, antecedidas por uma galilé quadrangular, cujos flancos são rasgados por arcos de volta perfeita. A ladear a entrada no templo, foi construída, no século XVIII, uma torre sineira, rematada em coruchéu bolboso. No interior da igreja, a nave é coberta com falsa abóbada de madeira pintada. A passagem da nave para a capela-mor faz-se através de um arco triunfal, sobre pilastras, decorado com azulejos seiscentistas. A abertura para as outras capelas é feita por arcos quebrados. A capela-mor, reconstruída no século XVIII, é antecedida por quatro retábulos de talha dourada: dois laterais e dois colaterais, ladeando as pilastras do arco triunfal. O altar-mor tem a representação de Cristo cruxificado.

Ana Paula Matos

 

Resenha Histórica

Introdução

Durante séculos, o espaço ocupado agora pelo Santuário do Senhor dos Mártires representou para gerações de alcacerenses um espaço de devoção e de pagamento de promessas. A sua longa diacronia desde a Idade do Ferro até ao presente apresenta imensos pontos nublosos que só a continuação da investigação arqueológica e histórica poderá resolver. O presente texto representa uma síntese com base nos dados actualmente disponíveis, onde iremos realçar os elementos mais relevantes.

Síntese diacrónica

Após a conquista portuguesa de Alcácer do Sal, os vestígios humanos encontrados no recinto do santuário mariano de Santa Maria dos Mártires1 eram compreendidos á luz do martírio, resultante das vítimas da expugnação de Alcácer aos muçulmanos. Era esta a tradição que circulava em Alcácer do Sal em meados do século XVIII, segundo testemunho de Cardoso (1747, p. 134): - “A Ermida de N. Senhora dos Martyres, da qual eraõ Reytores os Mestres da Ordem de Santiago, e foy sua primeira Casa.”

Segundo Pereira (2011, p. 9) estávamos perante “uma memória martirológica que a Ordem [de Santiago] faria questão de perpetuar, como sinal da aliança entre a vida religiosa e o combate pela fé” [contra os muçulmanos]. Só nos finais do século XIX e na posse de uma abordagem arqueológica em moldes científicos aos achados ai ocorridos, foi possível identificar uma fase inicial de enterramentos que remontavam à Idade do Ferro.

A segunda etapa na utilização deste espaço sagrado, de clara vocação funerária, ocorre após a conquista romana de Alcácer, em meado do século II antes de Cristo. Entretanto a cidade mudou de nome, passando de Bevipo para Salacia Urbs Imperatoria. Imune a esta transformação, o local de enterramento manteve-se, ocupando desta vez um novo espaço que se aproximava da urbe romana, relevando uma forma diferente em relação á fase anterior, na forma de abordar e dar descanso aos mortos que aí repousavam ad eterno.

O espaço em contexto islâmico. Algumas reflexões

Desconhecemos como terá sido utilizado o espaço no longo período de séculos, entre a Antiguidade Tardia e a conquista definitiva de Alcácer do Sal em 1217. A persistência de uma áurea sagrada neste terreno, na envolvente de Alcácer, assim como os elevados investimentos utilizados na fundação de uma igreja cristã e conjunto religioso anexo, imediatamente após a expugnação de 1217, por parte da Ordem de Santiago que aqui instala a sua sede em Portugal, permitem supor que tal ocorreu na sequência de uma reutilização do espaço numa perspectiva sagrada, tomando como ponto de partida um legado Islâmico que poucos vestígios deixou, tendo em conta a pratica usual do “denatio memoriae”, que fazia parte do ritual de purificação do local, segundo as directrizes enviadas desde a Curia Papal (Carvalho, 2008).

Partindo destas reflexões, temos que valorizar o fato de aí ter sido encontrada uma moeda Almóada assim como uma cerâmica com a mesma cronologia. Tal evidência, se bem que escassa, permite suspeitar de uma utilização do lugar numa perspectiva de muṣalla e de rābiṭa (Carvalho, 2006) no seio da Ğihād fomentada pelos Banū Wazīrí, na altura os governadores Almóadas de Alcácer (Qaṣr al-Fatḥ)2

Após a expugnação de Alcácer em 1217. A fundação de um santuário de evocação mariana. A questão da localização do convento Espatário

Pouco depois da conquista definitiva de Alcácer em 1217, irá ser construído neste local uma ermida de romaria, actualmente transformada em “sala do tesouro”, que depressa conquista o fervor religioso da população alcacerense. De referir que a igreja é transformada desde o início em comenda da Ordem de Santiago, assumindo-se como protectora do meio rural envolvente de Alcácer, tendo sido escolhida como local privilegiado para receber os restos mortais dos cavaleiros da Ordem instalados em Alcácer.

Tem sido veiculado desde finais do século XX, a partir de um importante estudo de Silva (1995, p. 234-238), que o convento da Ordem de Santiago se localizava no interior do castelo, mas nunca nesta igreja. Para suportar esta argumentação tem sido defendida a reduzida dimensão do santuário dos Mártires, a inexistência de claustros, apontando-se por outro lado que as reuniões da Ordem tinham lugar no castelo, por vezes no corpo da igreja de Santiago.

Do nosso ponto de vista de investigação, esta argumentação pode ser desmontada de várias maneiras. Não alongando mais neste assunto, relembramos que alguns capítulos da ordem tiveram lugar no castelo de Alcácer e outros em Lisboa, ou noutras localidades, mas nunca esse fato motivou a deslocação do convento enquanto este esteve sediado em Alcácer. Por outro lado estamos perante uma Ordem Militar com um cariz religioso de tipologia monástica, mas que não é uma ordem Religiosa, dividindo-se os seus componentes em 2 grupos. O religioso que viviam no convento e que controlavam e sancionava através de práticas litúrgicas e de disciplina a entrada de novos candidatos para a Ordem. Quanto ao outro grupo, este era constituído pelo Mestre e por cavaleiros espatários que tinham mulheres e filhos, vivendo no castelo de Alcácer, ou nas comendas que administravam, desde o vale do Tejo até ao Algarve. (Ayala Martìnez, 2014, p. 1-21)

Por fim os testemunhos de natureza documental que nos chegaram até hoje, redigidos em diferentes horizontes cronológicos, mas que são taxativos ao afirmarem que o convento esteve sediado no santuário de Santa Maria dos Mártires. Vejamos de perto alguns desses testemunhos.

Um documento do reinado de D. Dinis e dirigido ao Papa, denomina este santuário como “…hermitagium seu prioratum Sancte Marie ad Martires prope Alcaçar ad centum libras (Ordinis Sancti Iacobi)…”, que numa tradução livre significa, Ermitério de Santa Maria dos Mártires. Para Viterbo (1799, 2, p. 33) “Hermitagio. Hermida, Santuario, Capella, ou Casa de Oração, fundada em lugar ermo, e solitario, donde lhe veio o nome, e não por ser habitada por algum Ermita ou Ermitão.”

Esta explicação do termo pode ser entendido no nosso ponto de vista de investigação numa clara alusão de aqui ter sido instalado o convento da Ordem de Santiago em Alcácer, antes de esta instituição ter sido deslocada para Mértola em finais do século XIII. É esta a informação veiculada por Frei Agostinho de Santa Maria quando no século XVIII, ao relatar os prodígios e devoção à imagem milagrosa de Nª Sª da Cinta existente no santuário dos Mártires de Alcácer escreveu que 3:

Na Villa de Alcacere do Sal há hum antigo Templo dedicado ao Santo Christo dos Martyres, aonde assistirão os Freyres da Ordem de Santiago, quando de Mertola passarão para Alcacere, & donde depois se mudarão para a Villa de Palmela, que he hoje a cabeça da mesma Ordem.”

Numa carta que o Cardeal Rei D. Henrique envia em 1564 á Camara de Alcácer do Sal, podemos ler o seguinte teor:4

99 Eu El-rey, como governador, e perpétuo administrador, que sou da Ordem, e Cavallaria do Mestrado de Santiago: faço saber aos que este Alvará virem, que eu hey por bem, e me praz fazer esmola ao Guardiaõ, e Padres do Mosteiro de Santo Antonio da Villa de Alcacer do Sal, da pedra das paredes velhas, que dizem que estaõ junto da dita Villa, onde foi antigamente Convento dos Freires de San-Tiago 5; para ajuda de fazerem a cerca do dito Mosteiro, e para as obras dele.E por tanto mando ao Almoxarife das rendas da Ordem na dita Villa, e a qualquer outro oficial, e pessoa, a que o conhecimento deste pertencer, que deixem aos ditos, Guardiaõ, e Padres tomar, e aproveitar a dita pedra na cerca, e obras do dito Mosteiro; e lhes naõ impidaõ; e cumpraõ este Alvará, como nelle se contêm, sem embargo de naõ ser passado pela Chancellaria. Simaõ Borranho o fez em Lisboa a 3 de Septembro de 1565. Eu Duarte Dias o fiz escrever= O Cardeal Infante.”

Pouco depois no século seguinte, no reinado de Felipe II de Portugal, com data de 1611, desta vez alusivo a todas as rendas e propriedades que o monarca tinha na Coroa de Portugal, é referido no que respeita ao termo de Alcácer, que este possuía como Mestre da Ordem de Santiago a Comenda de Nª Sª dos Mártires, sobre a qual é dito que (Falcão, 1859, p. 255):

A Comenda de Nossa Senhora dos Martires na dita villa de Alcacere. He hũa igreja que foi convento antiguamente; …”

Em suma, com base nos exemplos atrás expostos, depreende-se que o convento da Ordem de Santiago teve aqui a sua sede.

No século XIV, em 1333, por iniciativa do Mestre da Ordem, D Garcia Peres é construída uma capela em estilo Gótico, de planta octogonal, coberta por um terraço, que constitui uma obra notável para a época e que segundo alguns autores, terá sido o primeiro panteão gótico construído em Portugal. Nesta capela estão sepultados os restos mortais de Mestres do ramo português da Ordem de Santiago. Com base em alguns paralelos encontrados em Itália e Espanha, é provável que a planta da capela se tenha inspirado no túmulo de Cristo localizado na cidade santa de Jerusalém.

Ao longo dos séculos a Ordem e alguns particulares ligados à Ordem de Santiago, tiveram o cuidado de manter e engrandecer o santuário. Data do século XV a construção de uma capela lateral, por iniciativa de Maria Resende, viúva do Comendador Diogo Pereira, para receber os restos mortais de seu marido.

As visitações do século XVI falam de uma ermida de S Pedro localizado no adro do santuário, a qual décadas mais tarde abandona o adro dos Mártires e se instala no cabo de São Pedro, entre a zona de construção naval de Alcácer e o edifício camarário.

A mudança da sede da Ordem de Santiago e do seu convento desta vez para o castelo de Palmela por ordem de D. João II em finais do século XV e a inserção do mestrado da ordem na casa real portuguesa na centúria seguinte, são marcos que traduzem uma nova etapa na história do santuário.

Em finais do século XV, segundo Pereira (2011, p. 9), “o contador Estevão Rodrigues e sua mulher Inês Eanes doaram um crucifixo a Santa Maria dos Mártires e deixaram bens para que uma candeia de azeite estivesse sempre acesa à imagem de Cristo crucificado.”

Gradualmente esta representação do martírio de Jesus Cristo, no seio de uma época de convulsões sociais e na aplicação gradual das normativas do Concilio de Trento, na valorização dos santos, do sofrimento e do martírio, vai tomar o lugar de maior devoção dentro do espaço religioso. Entretanto a Ordem de Santiago, já instalada em Palmela começa a dar pouca atenção a este santuário. Prova disto é o estado de um certo abandono do santuário em meados do século XVI patente na documentação sopra referida.

Apesar destes atentados ao espaço edificado que foram descaracterizando o santuário ao longo dos séculos, este espaço nunca deixou de ser um espaço de reverência no apoio espiritual á população alcacerense. Prova deste fato são as promessas que ainda hoje se fazem no santuário, repetindo rituais de conforto espiritual que remontam a séculos passados e que teimam em resistir aos tempos atuais.

Anexo:

 

Cantiga de Santa Maria de Afonso X de Castela (século XIII)

alusivo ao santuário Mariano dos Mártires de Alcácer do Sal

Cantiga nº 2466

 

ESTA É DŨA BÕA MOLLER QUE YA CADA SABADO A HŨA

EIGREJA QUE CHAMAN SANTA MARIA DOS MARTIRES, E

OBRODÓ-XE-LLE, E DEPOIS FOI ALÁ DE NOITE, E ABRIRON-XE-

LHE AS PORTAS DA EIGREJA.

 

A que as portas do ceo / abriu pera nos salvar,

Poder á nas deste mundo / de as abrir e serrar.

Desto direi un miragre, / segundo que aprendi,

que avẽo en Alcaçar, / e creo que foi assi,

dũa mui bõa crischãa / moller que morava y,

que sabia ena Virgen / mais doutra cousa fiar.

A que as portas de ceo / abriu pera nos salvar…

 

Onde por amor da Virgen / ao sábado sempr’ ir

punnav’ a hũa ygreja / sua e oraçon oyr,

e levava ssa offerta / sigo por a offerir;

mas un sábado ll’ avẽo /que foi aquest’ obridar

A que as portas de ceo / abriu pera nos salvar…

Por fazendas de sa casa / muitas que ouv’ a fazer.

 

Mas aa tarde ll’ en ente / vẽo como falecer

fora, e ar[r]epenti[u]-sse; / e por esto correger,

foi já tard’ aa eigreja / e cuidou y dentr’ entrar.

A que as portas de ceo / abriu pera nos salvar…

 

Esta ygrej’ alongada / da vila já quant’ está.

Mas quando chegou a ela, / cuidou log’ entrar alá,

mas as portas ben serradas / achou, e fillou-ss’ acá

de fora fazer sas prezes / e começou de chorar.

A que as portas de ceo / abriu pera nos salvar…

 

E pois aquest’ ouve feito / e conpriu ssa oraçon,

viu log’ as portas abertas, / e foi en seu coraçon

muit’ ende maravillada, / porque moller nem baron

non vira que llas abrisse. E foi log’ ao altar

A que as portas de ceo / abriu pera nos salvar…

 

E pos y sa offerenda, / des y logo se sayu

da ygreja. E pois fora / foi, as portas serrar viu;

e com gran medo que ouve, / logo dali recodyu

e foi-sse pera a vila, / mas non de mui gran vagar.

A que as portas de ceo / abriu pera nos salvar…

 

E quando foi aas portas / da vila e entrar quis,

achou-as assi serradas / que des ali foi bem fis

de no[n] entrar, e cuitada / foi em muit’, par San Dinis;

mas rogou enton a Virgen, / que llas abriu log’ en par.

A que as portas de ceo / abriu pera nos salvar…

 

Enton hũa dona bela / e nobre ll’ apareceu,

que a filhou pela mão / e na vila a meteu

e levó-a ssa casa, / ond’ ela prazer prendeu;

mas ante que y chegasse / começou-ll’ a preguntar

A que as portas de ceo / abriu pera nos salvar…

 

Dizendo: “Senhor, quen sodes, / que a tan pobre moller

com’ eu tan gran ben fezestes?” / Respos-lle ela volonter:

Eu soo a que nas cuitas / acorr’ a quen m’ á mester,

en que Deus por sa mercee / quis de mi carne fillar.”

A que as portas de ceo / abriu pera nos salvar…

 

Quand’ a boa moller esto / oyu, logo se deitou

a seus pees por beijar-llos; / mas nona viu, e ficou

ende mui desconortada, / e en ssa casa entrou,

e aqueste feit’ a todos / outro dia foi contar.

A que as portas de ceo / abriu pera nos salvar…

António Rafael Carvalho

 

1 Nome por que era conhecido o santuário durante a Idade média e Período Moderno

2 De fato é incompreensível não aceitar a hipótese de terem existido rabitas no espaço periurbano de Alcácer, tendo em conta o topónimo da cidade de Alcácer nesta altura (Qaṣr al-Fatḥ), denominação claramente comprometida com a Ğihād/Guerra Santa.

3 MARIA, 1718, p. 305, referido em CARVALHO e WU (prelo).

4 BELÉM (1758) - Chronica Serafica […].Ibidem, p. 388-389. Referido em CARVALHO, prelo.

5 Segundo os dados actualmente disponíveis, estas pedras velhas localizam-se no recinto do Santuário do Senhor dos Mártires.

6 Retirado de - Alfonso X, el Sábio, Cantigas de Santa Maria, 2, Édición, introduccion y notas de Walter Mettmann, Madrid, Clássicos Castalia, 1988, p. 343-344.

 

Bibliografia

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Fig. 1 - Localização do Santuário do Sr.º dos Mártires em extracto de C.M.P na esc. 1:25 000.

Fig. 2 – Localização do Santuário do Sr.º dos Mártires em imagem de satélite.

Fig. 3A – Capela do Tesouro. Aspectos do núcleo mais antigo do conjunto edificado do santuário. Remonta ao século XIII. Fotos de Manuel Mário Perna.

Fig. 3B – Capela do Tesouro. Aspectos do núcleo mais antigo do conjunto edificado do santuário. Remonta ao século XIII. Fotos de Manuel Mário Perna.

Fig. 3C – Capela do Tesouro. Aspectos do núcleo mais antigo do conjunto edificado do santuário. Remonta ao século XIII. Fotos de Manuel Mário Perna.

Fig. 4 – Vista do santuário desde o terraço existente no topo da Capela dos Mestres. (Século XIV). Foto de Manuel Mário Perna.

Fig. 5A – Aspectos da capela dos Mestres. Fotos da C. M. A. S..

Fig. 5B – Aspectos da capela dos Mestres. Fotos da C. M. A. S..

Fig. 5C – Aspectos da capela dos Mestres. Fotos da C. M. A. S..

Fig. 5D – Aspectos da capela dos Mestres. Fotos da C. M. A. S..

Fig. 6 – Escadaria em caracol que dá acesso ao terraço existente por cima da Capela dos Mestres. Foto de Manuel Perna.

Fig. 7 – Uma das 2 inscrições existente no interior da Capela dos Mestres. Numa delas é referido a descobertas de ossos humanos que na altura foram relacionados com os Mártires cristãos da conquista de alcácer em 1217. Na outra é referida a autoria da Capela e o seu destino como panteão dos Mestres da Ordem de Santiago. Foto Manuel Perna.

Fig. 8 – Entrada para a Capela de Maria Resende (Século XV). Foto de Manuel Perna.

Fig. 9 – Pormenor do tecto da Capela de Maria Resende (Século XV). Foto de Manuel Perna.

Fig. 10 – Interior do corpo da Igreja do Santuário do Senhor dos Mártires, com painel de azulejos de padrão do século XVII. Foto de Manuel Perna.

Fig. 11 – Interior do corpo da Igreja do Santuário do Senhor dos Mártires, com painel de azulejos de padrão do século XVII. Foto de Manuel Perna.

Fig. 12 – Túmulo de um cavaleiro da Ordem de Santiago existente no corpo da igreja do Santuário (Séculos XIII ou XIV). Foto de Manuel Perna.

Fig. 13 – Poço existente no adro do santuário. Junto fica um coreto edificado em meados do século XX. Foto Manuel de Perna.

Fig. 14 – Cruzeiro do adro do santuário. Foto de Arquivo MAEDS

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