Casa Frayões Metello

Freguesia/Concelho:Grândola.

Localização:Rua Vaz Pontes, Grândola.

Coordenadas geográficas: 38°10'30.12"N; 8°34'7.50"W. (C.M.P. 1:25.000; folha 495).

Exemplar da arquitetura civil do século XVIII, é considerada uma das mais importantes casas nobres da vila de Grândola. De feição senhorial, foi residência de várias famílias da governança local.

Em 1740 foi adquirida por D. Serafina de Brito Guerreira e Aboim, viúva do Dr. Francisco Coelho de Melo, pela importância de 80 000 réis, huma morada de casas aSobradadas na rua de São Pedro a Esteuão Rodriguez Camarão e que incluíam quintal e cavalariça.

Em 1763 foi residência do seu herdeiro João Coelho de Mello e Castro, fidalgo da Casa Real, Juiz dos Órfãos e Sargento-mor de Ordenanças em Grândola, e apresentava-se como um dos melhores imóveis da vila, dado que, sendo composta por oito lojas (casas de rés-do-chão), oito sobrados (1.º andar) e quintal era-lhe atribuído o mais elevado valor em termos de décima – 720 réis. Apenas outras seis casas pagavam o mesmo montante de imposto.

Em 1778 o médico Dr. António Luís da Costa Metello adquiriu o imóvel pela quantia de 400 000 réis. O seu filho, Francisco de Paula Frayão Metello, que desempenhou no governo local os cargos de Juiz Ordinário, Monteiro-mor e Capitão-mor de Ordenanças, residiu nesta casa até à sua morte, ocorrida em 1828. Foi Francisco de Paula Frayão Metello que colocou na fachada do edifício o brasão que lhe foi outorgado em 1780. Trata-se de um escudo esquartelado, apresentando no primeiro quartel as armas dos Metellos, no segundo as Armas dos Costas, no terceiro as dos Carvalhos e no quarto as dos Soveraes.

A 26 de Janeiro de 1867 a Câmara Municipal de Grândola adquiriu este edifício a D. Bernarda Joaquina de Sande Abelha, sua última herdeira, pela importância de 1 conto de réis, paga em quatro prestações anuais de 250 000 réis, para nele estabelecer a Administração do Concelho, a Conservatória do Registo Civil e Predial, a Repartição da Fazenda Pública e as Escolas de Ensino Primário de ambos os sexos. Na respetiva escritura descreve-se o imóvel como uma propriedade de Casas compostas d’altos e baixos, com seu quintal, poço, Cavalhariça, e um Celeiro, situadas na rua de São Pedro desta Villa, sabendo-se também da existência de um jardim.

Na década de 1930 estavam aqui instaladas a Repartição de Finanças, a Tesouraria da Fazenda Pública, as Escolas feminina e masculina e as residências dos professores.

Entre 1960 e 1989 a casa albergou ainda a Biblioteca Fixa da Fundação Calouste Gulbenkian e após o 25 de Abril de 1974 alguns dos seus espaços foram disponibilizados para habitação e outros cedidos a movimentos sociais e a uma organização sindical, tendo acolhido também a Delegação Escolar de Grândola.

Desde 2004 está instalado neste edifício o Sector de Museu e Património Cultural do Município de Grândola.

Em 2012, no âmbito das Comemorações da atribuição da Carta de Vila a Grândola, foi inaugurada, neste espaço, a exposição História Arqueológica de Grândola – vestígios e artefactos e a reconstituição de uma sala de aula do Ensino Primário, podendo ainda ser visitadas duas salas das reservas museológicas onde se encontram acondicionadas peças de diferentes tipologias.

Em complemento às exposições o Serviço Educativo promove visitas orientadas e actividades de extensão cultural sobre as temáticas tratadas, em conformidade com as especificidades dos diversos públicos.

Sector de Museu e Património Cultural do Município de Grândola

 

Fig. 1 – Casa Frayões Metello. Foto Município de Grândola.

 Fig. 2 – Brasão da Casa Frayões Metello. Foto Município de Grândola.

 

Fig. 3 – Exposição História Arqueológica de Grândola – Vestígios e Artefactos - Foto Município de Grândola.

Fig. 4 – Reservas Museológicas da Casa Frayões Metello. Foto Município de Grândola.

Fig. 5 – Reservas Museológicas da Casa Frayões Metello. Foto Município de Grândola.

 

 

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