Inventário do Património Histórico-Cultural do concelho de Sines

1 - Da Idade Média a finais do século XIX

Arquitectura civil:

Freguesia de Sines

Casa com porta de cantarias manuelinas

Localização: 37°57'21.31"N; 8°52'3.74"W. R. Cândido dos Reis, nº 16, Sines (C.M.P. folha nº 515-A).

Cronologia: Inícios do século XVI (porta manuelina larga, de loja ou oficina). Integração em novo imóvel nos finais do século XVIII.

Webgrafia: www.monumentos.pt

Fig. 1 – Porta de cantarias manuelinas de oficina ou loja, inserida em imóvel particular remodelado nos séculos XVIII/XIX. Rua Cândido dos Reis, nº16. Elemento arquitectónico de grande interesse, pois assinala um arruamento existente no século XVI, bem como a sua actividade mercantil. O imóvel deveria ser objecto de recuperação. Foto de Rosa Nunes.

Hospital da Santa Casa da Misericórdia de Sines / Hospital do Espírito Santo / Centro Cultural Emmérico Nunes

Localização: 37°57'18.44"N; 8°52'3.13"W. Lg. do Muro da Praia, Sines (C.M.P. folha nº 515-A).

Cronologia: Construído em 1840, após a demolição do antigo Hospital do Espírito Santo.

Webgrafia: www.monumentos.pt

Fig. 1 – Enquadramento na frente oceânica do centro histórico de Sines do antigo Hospital da Santa Casa da Misericórdia de Sines/Hospital do Espírito Santo, actual Centro Cultural Emmérico Nunes. Foto Rosa Nunes.

Fig. 2 – Nossa Senhora da Graça. Século XIV. Escultura da escola gótica trecentista do Alentejo em arenito de grão fino. Composição do tipo estátua-coluna, rígida, com vincados traços arcaizantes (sorriso convencional, olhos desprovidos de naturalismo). Fez parte do Hospital do Espírito Santo, esteve exposta na Igreja da Misericórdia (1758), tendo sido posteriormente depositada no Museu Arqueológico Municipal.

Chafariz do Caminho das Bicas

Localização: 37°57'16.35"N; 8°52'16.65"W. Caminho das Bicas, Sines (C.M.P. folha nº 515-A).

Cronologia: 1876.

Bibliografia: LOPES, F. L. (1850) - Breve Noticia de Sines, Patria de Vasco da Gama. Lisboa; SOLEDADE, A. (1982) - Sines, Terra de Vasco da Gama. Sines.

Webgrafia: www.monumentos.pt

Chafariz de D. Bataça

Localização: 37°57'9.83"N; 8°52'26.82"W. Lg. de Nossa Senhora das Salas, Sines (C.M.P. folha nº 515-A).

Cronologia: Construído no século XVIII, sofreu obras de recuperação 1989, altura em que recebeu painel de azulejos.

Bibliografia: LOPES, F. L. (1850) - Breve Noticia de Sines, Patria de Vasco da Gama. Lisboa; SOLEDADE, A. (1982) - Sines, Terra de Vasco da Gama. Sines; FALCÃO, J. A. (1988) - Memória Paroquial do Concelho de Sines em 1758. Santiago do Cacém.

Webgrafia: www.monumentos.pt

Freguesia de Porto Covo

Centro Histórico de Porto Covo 

Localização: 37º57’23.12”N; 8º52’7.40”W. Largo Marquês de Pombal, Porto Covo (C.M.P. folha nº 515-A).

Cronologia: Segunda metade do século XVIII. O Largo Marquês de Pombal e envolvente próxima constituem um conjunto digno de nota no que se refere à arquitetura popular (ver ficha de sítio de António Martins Quaresma).

Webgrafia: http://www.sines.pt/

Fig. 1 - Porto Covo, Largo Marquês de Pombal. Foto de arquivo da CMS.

Fig. 2 - Porto Covo, Largo Marquês de Pombal. Foto de arquivo da CMS.

Fig. 3 - Porto Covo, Largo Marquês de Pombal. Módulo de antiga habitação, convertida em sede da Junta de Freguesia. Foto de Rosa Nunes.

Fig. 4 - Portinho de Porto Covo. Foto de Rosa Nunes.

Fig. 5 - Portinho de Porto Covo. Foto de Rosa Nunes.

 

Arquitectura militar:

 

Freguesia de Sines

 

Castelo de Sines

Localização: 37°57'18.48"N; 8°51'59.80"W. Largo do Poeta Bocage, Sines (C.M.P. folha nº 515-A).

Cronologia: D. Pedro I concedeu carta de foral a Sines (24 de Novembro de 1362), promovendo a desagregação daquela aldeia do concelho de Santiago do Cacém, adquirindo assim o estatuto de vila. É dispensada aos seus habitantes autorização para construção de muralha protetora da vila. Porém, se houve lugar à construção mesmo que parcial dessa muralha, o problema da defesa contra incursões de corsários continuou a colocar-se.

O núcleo central do actual castelo parece remontar apenas ao século XV, de acordo com informação arqueológica (ver ficha de sítio “Área Urbana de Sines”) e historiográfica (visitação da Ordem de Santiago em 1480). O baluarte virado ao Atlântico foi construído somente no século XVI/XVII. Em 1828, após os danos causados pelo terramoto de 1755 e pelas invasões Francesas, o castelo, e especialmente a sua alcáçova são submetidos a importantes obras de reconstrução. Escolhido a partir de 1788 como residência de Verão e refúgio de escrita por Frei Manuel do Cenáculo, estas paredes viram nascer algumas obras mais importantes do Prelado mas também momentos dolorosos como a chegada da noticia da morte do príncipe D. José, que Cenáculo educara para ser o prefeito monarca iluminado. Desses dias sobrevivem dois belos tetos pintados, um dos quais, com cenas mitológicas da Eneida, de Vergílio e das Metamorfoses de Ovídeo, reflete a sofisticação cultural da época à morte do Príncipe, às suas virtudes e à fragilidade da vida. Imóvel classificado de Interesse Público por Decreto-Lei nº 22 737 de 24 de Junho de 1933. Em 1969 decidida a construção da estátua de Vasco da Gama pelo escultor António Amaral Branco de Paiva. Em 6 de Março de 2013 (Anúncio n.º 106/2013, DR, 2.ª série, n.º 46) é fixada a Zona Especial de Proteção conjunta da Igreja Paroquial de Sines / Igreja de São Salvador e do Castelo de Sines.

Bibliografia: (1957) - Ministério das Obras Públicas, Relatório da Actividade do Ministério no ano de 1956. Lisboa; LOPES, F L. (1850) - Breve Notícia de Sines, Pátria de Vasco da Gama. Lisboa; SILVA, António de Macedo e (1869) - Annaes do Municipio de Sant`Iago de Cacem. Lisboa; MOREIA, Cor. Bastos (1975) - Monumentos de Evocação Militar - Castelo de Sines. In Diário de Notícias, Maio 1975; SOLEDADE, A. (1982) - Sines, Terra de Vasco da Gama, Sines; FALCÃO, J. A. (1987) - Memória Paroquial do Concelho de Sines em 1758. Santiago do Cacém; CALIXTO, C. P. (1989) - Castelo de Sines - um exemplar único. In Diário de Notícias, 27 Maio 1989; FONSECA, L. Adão da (1997) - Vasco da Gama. O Homem, a Viagem, a Época. Lisboa; SILVA, C. T. (1998) - Para uma Arqueologia do Castelo de Sines. In Da Ocidental Praia Lusitana, Vasco da Gama e o Seu Tempo, Lisboa; QUARESMA, A. M. (1998) - Sines no Trânsito da Época Medieval Para a Moderna. In Da Ocidental Praia Lusitana, Vasco da Gama e o Seu Tempo, Lisboa; MONTEIRO, J. G. (1999) - Os Castelos Portugueses nos Finais da Idade Média, Presença, perfil, conservação, vigilância e comando, Lisboa; COELHO-SOARES, A. (2004) - Um projecto museológico para Sines. Musa. Museus Arqueologia & Outros Patrimónios, 1. Setúbal: MAEDS/FIDS, p. 67-74.

Webgrafia: www.monumentos.pt

Fig. 1A – Vista do castelo de Sines desde a baía. Foto de Rosa Nunes.

Fig. 1B – Interior do castelo de Sines. Óleo de Luciano Costa.

Fig. 2 A - Planta do Castelo de Sines, 1781. Direcção dos Serviços de Engenharia do Exército, Gabinete de Estudos Arqueológicos de Engenheira Militar; desenho de cota 3567, p. I e III.

Figs. 2 B - Alçado do Castelo de Sines (do quadrante sul), 1781. Direcção dos Serviços de Engenharia do Exército, Gabinete de Estudos Arqueológicos de Engenheira Militar; desenho de cota 3567, p. I e III.

Fig. 3 - Castelo de Sines. Vista do interior do recinto amuralhado. Foto Rosa Nunes.

Fig. 4 - Castelo de Sines. Vista do exterior do recinto amuralhado. Foto Rosa Nunes.

Fig. 5A - Vista do esporão do Castelo para a baía. Foto Rosa Nunes.

Fig. 5B - Vista do esporão do Castelo para a baía. Foto Rosa Nunes.

Fig. 5C - Vista do esporão do Castelo para a baía. Foto Rosa Nunes.

 

Forte do Revelim

Localização: 37°57'4.82"N; 8°52'34.81"W. Ribeira de Cima, Sines (C.M.P. folha nº 515-A). A sudoeste da cidade de Sines.

Cronologia: Construção do século XVII. Classificado de Interesse Público.

Bibliografia: CALLIXTO, C. (1988) - Castelo de sines, exemplar único. In Diário de Notícias, 7 Maio 1988; SOLEDADE, A. (1990) - Sines - terra de Vasco da Gama, Sines; COELHO-SOARES, A. (2004) - Um projecto museológico para Sines. Musa. Museus Arqueologia & Outros Patrimónios, 1. Setúbal: MAEDS/FIDS, p. 67-74.

Webgrafia: www.monumentos.pt

Fig. 1 – Forte do Revelim, visto da marginal. Pintura de Luciano Costa.

 

Freguesia de Porto Covo

 

Fortes do Pessegueiro (terra e ilha)

Localização (Forte de terra): 37°49'42.25"N; 8°47'27.54"W. Na costa, a S. de Porto Covo (C.M.P. folha nº 515-A).

Cronologia: O Forte de Nossa Senhora da Queimada (de terra) foi iniciado em 1588 no âmbito da execução do projecto de Filipe Terzi, de porto artificial que ligaria a ilha do Pessegueiro à costa, aprovado pelo vice-rei cardeal Alberto. Em1590, Alexandre Massay substituiu Filipe Terzi, dando início à construção do Forte de Santo Alberto na ilha do Pessegueiro e à continuação da construção do porto artificial (ver texto de António Martins Quaresma “Fortalezas marítimas da Costa Sudoeste”) . Entre 1661 e 1690 foi concluído o Forte de Nossa Senhora da Queimada; o Forte de Santo Alberto na ilha do Pessegueiro ficou incompleto e o projecto de construção do porto artificial foi abandonado. Entre 1877 e 1942 o Forte de Nossa Senhora da Queimada manteve-se em utilização pela Guarda Fiscal. Os dois fortes e a ilha foram classificados em 18 de Julho de 1957 e a classificação reafirmada em 21 de Dezembro de 1974.

Bibliografia: CALLIXTO, C. (1981) - O Forte de Porto Covo. In O Dia, 03 outubro 1981; CALLIXTO, C. (1984) - O Forte de Porto Covo. In Diário de Notícias, 21 setembro 1984; CALLIXTO, C. (1991) - O Forte de Porto Covo. In Diário de Notícias, 23 fevereiro 1991; FALCÃO, J. A. (1987) - Memória paroquial do Concelho de Sines. Santiago do Cacém; MENDES, J. (1990) - Pessegueiro em perigo. In Sábado, 5 Maio 1990; SOLEDADE, A. (1990) - Sines, terra de Vasco da Gama. Sines; QUARESMA, A. M. (2009) - A fortificação da costa de Sines após a Restauração. Forte do Pessegueiro. Sines: Município/Museu Municipal; TAVARES DA SILVA, Carlos & SOARES, J. (1993) - Ilha do Pessegueiro. Porto Romano da Costa Alentejana. Lisboa: Instituto para a Conservação da Natureza.

Webgrafia: www.monumentos.pt

 

Fig. 1 – Forte do Pessegueiro (terra). Foto de Arquivo C.M.S..

Fig. 2 - Forte do Pessegueiro (terra). Vista do fosso. Foto de J. Soares.

Fig. 3 - Forte do Pessegueiro (terra), vista da parada. Foto de J. Soares.

Fig. 4 – Pedreira utilizada na construção do Forte do Pessegueiro (terra). Ao fundo, povoado Neolítico e Calcolítico de Vale Vistoso. Foto de J. Soares.

 

Arquitectura religiosa:

 

Freguesia de Sines

 

Ermida de São Bartolomeu

Localização: 37°55'44.32"N; 8°46'55.23"W. Herdade da Jardoa, acesso pela EM Sines / Ribeira de Moinhos, a 3,2 km da cidade de Sines. (C.M.P. folha nº 515-A).

Cronologia: Séc. 14 - 15 - construção pelos freires de Santiago; Séc. 16 - cúpula da capela-mor; séc. 19 - feitura do retábulo; 1986, 3 julho - proposta de classificação da capela elaborada pelo Gabinete da Área de Sines; 1996, 10 abril - proposta da DRÉvora para a classificação como Valor Concelhio; 8 outubro - parecer favorável do Conselho Consultivo do IPPAR; 13 dezembro - despacho de homologação do Ministro da Cultura determinando a classificação como Imóvel de Interesse Público; 2009, 23 outubro - caduca o processo de classificação conforme o Artigo n.º 78 do Decreto-Lei n.º 309/2009, DR, 1.ª série, n.º 206, alterado pelo Decreto-Lei n.º 265/2012, DR, 1.ª série, n.º 251 de 28 dezembro 2012, que faz caducar os procedimentos que não se encontrem em fase de consulta pública.

Bibliografia: LOPES, F. L. (1850) - Breve Noticia de Sines, Patria de Vasco da Gama. Lisboa; SOLEDADE, A. (1982) - Sines - Terra de Vasco da Gama. Sines; FALCÃO, J. A. (1988) - Memória Paroquial do Concelho de Sines em 1758. Santiago do Cacém.

Webgrafia: www.monumentos.pt

 

Fig. 1 – Ermida de S. Bartolomeu (Sines).

Igreja Paroquial/Matriz de Sines / Igreja de São Salvador

Localização:37°57'18.96"N; 8°52'1.35"W. Largo do Muro da Praia; Largo do Poeta Bocage. Sines (C.M.P. folha nº 515-A).

Cronologia: Edifício de 1730, classificado de Interesse Público, com Zona Especial de Proteção (Castelo de Sines e Igreja Matriz de São Salvador) publicada no n.º 106/2013, DR, 2.ª série.A igreja actual foi construída no local onde antes existiu um templo medieval, também dedicado a S. Salvador, cuja planta possuía 3 naves. Sob a igreja medieval existiu muito provavelmente uma basílica visigótica dos séculos VI-VII.

Bibliografia: FALCÃO, J. A. (1988) - Memória Paroquial do Concelho de Sines em 1758. Santiago do Cacém; LOPES, F. L. (1850) - Breve Noticia de Sines, Pátria de Vasco da Gama. Lisboa; SOLEDADE, A. (1982) - Sines, Terra de Vasco da Gama. Sines; VELHO, Estevão de Liz (1746) - Exemplar da Constancia dos Martyres em a Vida do Glorioso S. Tórpes, Lisboa.

Webgrafia: www.monumentos.pt

Fig.1 – Igreja Paroquial/Matriz de Sines. Foto de Rosa Nunes.

Fig.2 – Igreja Paroquial/Matriz de Sines. Foto de Rosa Nunes.

Fig.3 – Igreja Paroquial/Matriz de Sines. Foto de Rosa Nunes.

Fig. 4 – Cristo crucificado em madeira policromada (73 x 36cm). Segundo quartel do século XVI. Origem flamenga. Igreja Paroquial/Matriz de Sines / Igreja de São Salvador. Arquivo C. M. Sines.

Igreja da Santa Casa da Misericórdia de Sines / Capela da Misericórdia de Sines

Localização:37°57'18.96"N; 8°52'1.35"W.Rua Cândido dos Reis; Largo do Muro da Praia. Sines (C.M.P. folha nº 515-A).

Cronologia: Edifício remodelado em meados do século XVIII, cuja origem remonta aos finais do século XVI.

Bibliografia: FALCÃO, J. A. (1988) - Memória Paroquial do Concelho de Sines em 1758. Santiago do Cacém; SOLEDADE, A. (1982) - Sines, Terra de Vasco da Gama. Sines; VELHO, Estêvão de Liz (1746) - Exemplar da Constância dos Martyres em a Vida do Glorioso S. Tórpes. Lisboa.

Webgrafia: www.monumentos.pt

Fig. 1 – Aspecto geral da Igreja da Santa Casa da Misericórdia de Sines e pormenor do brasão. Foto de Rosa Nunes.

Fig. 2 – Brasão com as insígnias religiosas das cinco chagas de Cristo. Foto de Rosa Nunes.

 

Capela de Nossa Senhora das Salvas

Localização: 37°57'9.94"N; 8°52'27.68"W. Lg. de Nossa Senhora das Salvas, Sines (C.M.P. folha nº 515-A).

Cronologia: Templo mandado construir por Vasco da Gama ao estilo tardo-gótico alentejano, com planta de uma única nave e capela mor separada do corpo principal por arco triunfal. As paredes são externamente reforçadas por contrafortes encimados por pináculos cónicos que criam um particular dinamismo, próprio do modelo construtivo meridional português desse período. Este templo, que foi objecto de profundas discórdias entre Vasco da Gama e a Ordem de Santiago, substituiu a pequena ermida anterior que havia sido construída, segundo a tradição, por Dona Bataça dama da corte da Rainha Santa Isabel, já dedicada a Nossa Senhora das Salvas, padroeira dos pescadores. No tesouro pode-se admirar uma importante colecção de joalharia votiva, ourivesaria e imaginária, na sua grande maioria dos séculos XVIII e XIX.

O templo foi sofrendo várias intervenções, sobretudo no decurso do século XVIII, as quais não alteraram substancialmente a imagem do templo.

Imóvel classificado pelo Decreto-lei 106F/92, DR, 1.ª série A, n.º 126, de 1 de Junho de 1992.

Bibliografia: SANTA MARIA, Agostinho de (1716-1721) - Santuario Mariano e Historia das Imagens Milagrosas de N. Senhora, e das Milagrosamente Apparecidas, 6-7. Lisboa; LOPES, F. L. (1850) - Breve Noticia de Sines, Patria de Vasco da Gama. Lisboa; ARAGÃO, A. C. Teixeira de (1898) - Vasco da Gama e a Vidigueira, Estudo Histórico. Lisboa; ALMEIDA, J. A. Ferreira de (1976) - Tesouros Artísticos de Portugal. Lisboa; SANTOS SIMÕES, J. Miguel dos (1979) - Corpus da Azulejaria Portuguesa, 5. Lisboa; SOLEDADE, A. (1982) - Sines, Terra de Vasco da Gama. Sines; FALCÃO, J. A. (1987) - Memória Paroquial do Concelho de Sines em 1758. Santiago do Cacém; ADÃO DA FONSECA, L. (1997) - Vasco da Gama, o Homem, a Viagem, a Época. Lisboa; FALCÃO, J. A. & PEREIRA, R. E. (1998) - A Ermida de Nossa Senhora das Salas, Notícia Histórica. In Da Ocidental Praia Lusitana, Vasco da Gama e o seu Tempo. Sines; CAMPOS, C. (1997) - ELLE. Sines.

Webgrafia: www.monumentos.pt

Fig. 1 - Aspecto geral da Capela de Nossa Senhora das Salvas. Foto Arquivo CMS.

 

Cruzeiro de São Torpes

Localização:37°55'32.09"N; 8°48'3.24"W. Praia de São Torpes, foz da Ribeira da Junqueira. Sines (C.M.P. folha nº 515-A).

Cronologia: 1783 – monumento epigráfico que assinala o local de onde foram removidas, em 7 de Junho de 1591, por iniciativa de D. Teotónio de Bragança, Arcebispo de Évora, espólio funerário atribuído a São Torpes.

Bibliografia: FALCÃO, J. A. (1988) - Memória Paroquial do Concelho de Sines em 1758. Santiago do Cacém; SOLEDADE, A. da (1982) - Sines, Terra de Vasco da Gama. Sines; TAVARES DA SILVA, C. & SOARES (1981) - Pré-história da área de Sines. Lisboa: Gabinete da Área da Sines; VELHO, E. de Liz (1746) - Exemplar da Constância dos Martyres em a Vida do Glorioso S. Tórpes. Lisboa.

Webgrafia: www.monumentos.pt

 

Fig. 1 – Monumento epigráfico datado de 1783, que assinala a suposta sepultura de São Torpes, na Foz da Ribeira da Junqueira. Foto de Rosa Nunes.

Ermida de São Sebastião / Igreja Evangélica

Localização: 37º57’14.65”N; 8º51’48.02”W. Lg. de São Sebastião. Sines (C.M.P. folha nº 515-A).

Cronologia: Erigida por iniciativa dos homens bons de Sines, em data indeterminada, anterior ao século XVI, esteve ligada aos confrades de São Sebastião, soldados do Castelo de Sines. Foi visitada em 1517 por ordem de Dom Jorge de Lencastre, tendo-se verificado a inexistência de ornamentos valiosos. Atualmente, é utilizada como local de culto da Igreja Evangélica.

Bibliografia: FALCÃO, J. A. (1988) - Memória Paroquial do Concelho de Sines em 1758. Santiago do Cacém; LOPES, F. L. (1850) - Breve Notícia de Sines, Pátria de Vasco da Gama. Lisboa; SOLEDADE, A. da (1982) - Sines, Terra de Vasco da Gama, Sines; VELHO, E. de Liz (1746) - Exemplar da Constância dos Martyres em a Vida do Glorioso S. Tórpes. Lisboa.

Webgrafia: www.monumentos.pt

Fig. 1 – Fachada principal da Ermida de S. Sebastião. Foto C.M.Sines.

 

Freguesia de Porto Covo

 

Igreja Paroquial de Porto Covo / Igreja de Nossa Senhora da Soledade

Localização:37°51'5.11"N; 8°47'29.67"W. Largo Marquês de Pombal. Porto Covo (C.M.P. folha nº 515-A).

Cronologia: Finais do século XVIII.

Bibliografia: FALCÃO, J. A. (1988) - Memória Paroquial do Concelho de Sines em 1758. Santiago do Cacém; LOPES, F. L. (1850) - Breve Noticia de Sines, Pátria de Vasco da Gama. Lisboa; Quaresma, A. M. (1988) - Porto Covo – Um Exemplo de Urbanismo das Luzes. Santiago do Cacém: Real Sociedade Arqueológica Lusitana; SOLEDADE, A. da (1982) - Sines, Terra de Vasco da Gama. Sines; VELHO, E. de Liz (1746) - Exemplar da Constancia dos Martyres em a Vida do Glorioso S. Tórpes. Lisboa.

Webgrafia: www.monumentos.pt

Fig. 1 – Vista geral da Igreja Paroquial de Porto Covo. Foto de C.M.Sines.

Outros Patrimónios:

 

Freguesia de Sines

 

Farol do Cabo de Sines / Farol de Sines

Localização: 37°57'34.40"N; 8°52'48.89"W. Cabo de Sines, Sines (C.M.P. folha nº 515-A).

Cronologia: 1758. Por iniciativa do Marquês de Pombal foi atribuída à Junta do Comércio a instalação e responsabilidade de gestão dos faróis do reino. Em 1835, o serviço de faróis passou para a dependência do Ministério da Fazenda, que criou uma oficina de construção e reparação de aparelhos ópticos, a funcionar no Jardim do Tabaco em Lisboa. Em 1852, o serviço de faróis transitou para o Ministério das Obras Públicas; em 1864 foi nomeada uma comissão presidida pelo engenheiro hidrógrafo Francisco Maria Pereira da Silva para estudar a passagem do Serviço de faróis para o Ministério da Marinha. Em 1865, o Almirante Pereira da Silva assumiu a responsabilidade pelo serviço de faróis. Em 1866 (27 de Janeiro), foi criado um projecto geral de farolagem, de autoria do Almirante Pereira da Silva. Em 1866, passou a ser utilizada a incandescência pelo vapor do petróleo. Em 1868, o serviço de faróis passa de novo para a gestão do Ministério das Obras Públicas, tendo sido criada a Direcção Geral de Telégrafos e Faróis. Em 1880, ocorre a fusão da Direcção dos Telégrafos com a dos Correios, resultando a Direcção Geral dos Correios, Telégrafos e Faróis. Em 1892, ocorreu a separação definitiva dos Faróis da Direcção Geral dos Correios, Telégrafos e Faróis, tendo sido atribuída à Marinha a responsabilidade pela manutenção de uma rede de faróis na costa portuguesa. Em 1892/1906 foram criados 39 faróis e reformados 3. Em 1902, foi criação uma comissão para modernização do equipamento dos faróis. Em 1924, foi criada a Direcção de Faróis. Em 1977, a Direcção de Faróis iniciou o programa de automatização.

Bibliografia: Ministério das Obras Públicas (1959) - Relatório da Actividade do Ministério nos anos de 1957 e 1958, 1º vol.. Lisboa; VILHENA, J. F. & LOURO, M. R. (1995) - Faróis de Portugal. Lisboa.

Webgrafia: www.monumentos.pt

 

Moinho de Vento de Monte Chãos

Localização: X: 37.952604 Y: -8.842014. Monte Chãos (C.M.P. folha nº 515-A).

Cronologia: Construído durante o século XIX. Em 1850, Francisco Luiz Lopes refere a existência no Concelho de "9 moinhos d`agua, 6 de vento (2 dos quaes contiguos á Villa)", e que "Os moinhos moerão 32515 alqueires de farinha, e descascarão 128 moios d`arroz; de milho, 9970 alqueires; de centeio, 4355".

Bibliografia: LOPES, F. L. (1850) - Breve Notícia de Sines, Pátria de Vasco da Gama, Lisboa.

Webgrafia: www.monumentos.pt

Fig. 1 – Moinho de Vento de Monte Chãos. Foto de Rosa Nunes.

Fig. 2 – Moinho de Vento de Monte Chãos. Foto de Rosa Nunes.

Fig. 3 – Moinho de Vento de Monte Chãos. Foto de Rosa Nunes.

 

2 - Século XX

 

Arquitectura civil:

 

Freguesia de Sines

 

Estação Ferroviária de Sines

Localização:37°57'31.96"N; 8°51'52.68"W. Av. Humberto Delgado. Sines (C.M.P. folha nº 515-A).

Cronologia: A estação de caminhos-de-ferro de Sines com projecto do arquiteto Ernesto Korrodi foi fundada em 1936 (inauguração a 14 de Setembro); em 1980 foi desafectada e encerrada a linha no que respeita ao transporte de passageiros; funcionou até meados da década de 90 do século XX. A sua arquitectura obedece ao estilo Estado Novo. Possui revestimento azulejar figurativo, a azul e branco, da autoria de Gilberto Renda. Nesses painéis são representadas cenas da vida sineense, com particular destaque para a comunidade piscatória. Através de protocolo assinado com a Invesfer / REFER em 2000, a CMS passou a deter o uso da estação. Nela funciona, desde 2008, o Serviço de Música da Escola de Artes de Sines.

Bibliografia: ALMEIDA, P. V. & CALADO, R. S. (2001) - Aspectos Azulejares na Arquitectura Ferroviária Portuguesa. Lisboa: Caminhos de Ferro Portugueses, EP.

Webgrafia: www.monumentos.pt; http://www.sines.pt/

Fig. 1 – Estação ferroviária de Sines. Foto de José Matias, 2010.

Fig. 2 – Painel de azulejos historiados da estação ferroviária de Sines, com representações da actividade piscatória. Foto de José Matias, 2010.

Fig. 3 – Painel de azulejos historiados da estação ferroviária de Sines, com representações da actividade piscatória. Foto de José Matias, 2010.

Fig. 4– Painel de azulejos historiados da estação ferroviária de Sines, com representações da actividade piscatória. Foto de José Matias, 2010.

Fig. 5 – Painel de azulejos historiados da estação ferroviária de Sines, com representações da actividade piscatória. Foto de José Matias, 2010.

 

Casa Pidwell / Palácio Pidwell

Localização:37°57'25.52"N; 8°51'43.24"W.R. Rua Maria Lamas, Rua Júlio Gomes da Silva. Sines (C.M.P. folha nº 515-A).

Cronologia: Edifício de quinta construído nos inícios do século XX, por uma família inglesa ligada ao comércio marítimo, segundo o modelo novecentista da sua casa de origem na cidade inglesa de Pensance. Na década de 1970, foi expropriado pelo Gabinete da Área de Sines; encontrando-se actualmente no seio de incaracterística urbanização.

Webgrafia: www.monumentos.pt

Fig. 1 – Casa Pidwell / Palácio Pidwell. Foto de Rosa Nunes.

 

Adega de Sines

Localização:37°57'21.12"N; 8°51'57.97"W. R. Gago Coutinho n.º 40. Sines (C.M.P. folha nº 515-A).

Cronologia: Década de 1930. Adega de estilo Art Deco, que continua a manter a mesma função de origem.

Webgrafia: www.monumentos.pt

 

Loja A Primorosa

Localização:37º57’19.32”N; 8º52’4.09”W.R. Teófilo Braga n.º 40. Sines (C.M.P. folha nº 515-A).

Cronologia: Década de 1930. Arquitectura de estilo Art Deco, patente na estilização geométrica dos elementos decorativos.

Webgrafia: www.monumentos.pt

Loja “A Primorosa”. Foto de Rosa Nunes.

 

Lar Pratz

Localização:37°57'16.86"N; 8°52'20.13"W.Avenida Vinte e Cinco de Abril. Sines (C.M.P. folha nº 515-A).

Cronologia: Década de 1950. Arquitectura assistencial de estilo Estado Novo. Objecto de ampliação em 1998.

Bibliografia: ALMEIDA, P. V. & CALADO, R. S. (2001) - Aspectos Azulejares na Arquitectura Ferroviária Portuguesa. Lisboa: Caminhos de Ferro Portugueses, EP.

Webgrafia: www.monumentos.pt

 

 

Arte pública

 

Freguesia de Sines

 

Estátua de Vasco da Gama

Localização: 37º57'17.56''N.; 8º52'2.08''W. Lg. do Poeta Bocage. Sines (C.M.P. folha nº 515-A).

Cronologia: Escultura do navegador Vasco da Gama, em bronze, com projecto de António Amaral Branco de Paiva, inaugurada em 19 de Dezembro de 1970, junto à torre ocidental do Castelo de Sines, por ocasião do quinto centenário do aniversário do nascimento de Vasco da Gama. A construção desta estátua memorialista era reivindicada pela população local desde 1898, data do quarto centenário da Descoberta do Caminho Marítimo para a Índia.

Webgrafia: www.monumentos.pt; http://www.sines.pt/

Fig. 1 – Estátua de Vasco da Gama. Foto de Rosa Nunes.

Fig. 2 – Estátua de Vasco da Gama. Foto de Rosa Nunes.

Fig. 3 – Estátua de Vasco da Gama. Foto de Rosa Nunes.

Fig. 4 – Estátua de Vasco da Gama. Foto de Rosa Nunes.

 

Estátua do Bombeiro

Localização: 37º57’38.08”N; 8º51’44.93”W. Av. General Humberto Delgado. Sines (C.M.P. folha nº 515-A).

Cronologia:Escultura de homenagem ao bombeiro localizada numa placa ajardinada da Av. General Humberto Delgado, em frente ao Quartel dos Bombeiros Voluntários de Sines, com projecto de Jorge Pé Curto. Inaugurada em 1 de Dezembro de 1993.

Webgrafia: http://www.sines.pt/

 

 

3 - Século XXI

 

Arquitectura civil:

 

Freguesia de Sines

 

Centro de Artes de Sines

Localização:37°57'23.82"N; 8°52'4.85"W. Rua Cândido dos Reis. Sines (C.M.P. folha nº 515-A).

Cronologia: Estudo prévio e projecto de arquitetura da Biblioteca / Centro de Artes adjudicado pela Câmara Municipal de Sines ao Atelier Aires Mateus & Associados. Inauguração do espaço Centro de Artes e a nova Biblioteca Municipal de Sines em 20 de Agosto de 2005. Inauguração do Auditório e do Centro de Exposições (com uma exposição resultante de residência da pintora Graça Morais em Sines) em 26 de Novembro de 2005. O Centro de Artes foi distinguido pelo Instituto do Turismo de Portugal (ITP), com uma menção honrosa, na categoria "obra"; recebeu em 2006 o Prémio AICA / MC (Associação Internacional de Críticos de Artes / Ministério da Cultura) e em 2007, o prémio ContractWorld 2007 (categoria: Educação), Hamburgo.

Descrição: Ocupando com construção toda a área disponível do lote, a arquitetura do edifício assume uma dimensão monumental (os novos monumentos das cidades são os seus centros culturais). A escala escolhida é a do centro histórico e o jogo de transparências e opacidades sugere a combinação de aberturas e seteiras das muralhas do Castelo. Na Rua Marquês de Pombal, o edifício apresenta-se como uma fachada de pedra (lioz) muito robusta, mas ao iniciar-se o percurso pela Rua Cândido dos Reis, o volume ilumina-se pelas fachadas envidraçadas. Com estas fachadas garante-se a permeabilidade entre as atividades culturais do interior e a vida quotidiana do exterior. No interior, a luz natural reflete-se no mármore branco liso dos tetos e paredes, envolvendo o utente num mundo de espacialidade pura (www.centrodeartesdesines.com.pt/).

Webgrafia: www.monumentos.pt; http://www.sines.pt/; www.centrodeartesdesines.com.pt/).

Fig. 1 – Fachada do Centro de Artes de Sines. Foto Arquivo MAEDS.

Fig. 2 – Aspecto exterior do Centro de Artes de Sines. Foto Arquivo MAEDS.

Fig. 3 – Interior do Centro de Artes de Sines. Fotos Arquivo MAEDS.

Fig. 4 – Interior do Centro de Artes de Sines. Fotos Arquivo MAEDS.

Fig. 5 – Interior do Centro de Artes de Sines. Fotos Arquivo MAEDS.