Dinâmicas da mais importante aglomeração urbana da época romana da Costa Sudoeste. Mirobriga (Chãos Salgados, Santiago do Cacém)

História da investigação

A História da investigação neste sítio arqueológico é longa e recua aos finais do século XVI, quando o humanista André de Resende produziu a primeira descrição do sítio na sua obra Antiguidades da Lusitânia. Este autor terá também procedido aos primeiros actos de natureza arqueológica, através da recolha de materiais, nomeadamente epígrafes. Restringiu-se contudo àquilo a que hoje chamamos de prospecção, ou seja, a detecção de sítios através da observação do terreno e recolha de materiais de superfície. As primeiras escavações são realizadas 200 anos mais tarde, no final do século XVIII e inícios do XIX, pela mão de um outro erudito, Frei Manuel do Cenáculo, Bispo de Beja e Arcebispo de Évora (Fig. 1). Um século depois, na década de 1910, uma nova prospecção é feita por José Leite de Vasconcellos, director e fundador do Museu de Arqueologia e Etnologia, em Lisboa. Deste autor temos hoje o primeiro levantamento de estruturas visíveis do povoado, metodologia explicável por este ser também o primeiro arqueólogo, devidamente entendido como tal, que estudou o sítio.

Depois desta longa fase com interregnos profundos, as primeiras escavações do século XX acontecem já nas décadas de 1930 e 1940, sob a condução de outro erudito local, o jurista João Cruz e Silva (Fig. 1), que publica uma série de artigos com os principais resultados das escavações. O sítio de Mirobriga foi classificado de imóvel de interesse público pelo Decreto nº30762 de 26/9/1940 e Decreto nº32973 de 18/8/1943. Nos anos 50 uma nova equipa liderada por Afonso do Paço e Maria de Lurdes Costa Arthur prossegue as escavações na área dos banhos públicos. O grande salto qualitativo desta missão reside na primeira apresentação estratigráfica para a ocupação de época romana, com particular ênfase para as propostas sobre o seu início e o seu fim. Será contudo na década de 60 e inícios da de 70 que Mirobriga é objecto do mais intenso programa de escavações, sob a égide Fernando de Almeida, docente da Faculdade de Letras de Lisboa e director do Museu Nacional de Arqueologia. Deste autor são as obras que lançam definitivamente Mirobriga no roteiro científico romano português (Fig. 1). É também ele quem lança um vasto programa de restauro de edifícios, com particular destaque para a elevação de paredes e recolocação de pavimentos nos banhos públicos, mas sobretudo para a reconstrução do templo central do fórum, com a aplicação das colunas transladadas da entrada dos banhos públicos, e que se torna até aos nossos dias o grande cartão de visita do sítio.

A década de 80 assiste a um novo salto qualitativo com a aplicação dos primeiros métodos de registo arqueológico nas escavações. A base empírica do sítio sofre então uma verdadeira revolução com os trabalhos, entre 1980 e 1984, da equipa americana da Universidade de Missouri, aos quais se somam as escavações sob a conduta de Joaquina Soares e Carlos Tavares da Silva do Museu de Arqueologia e Etnografia do Distrito de Setúbal e de Olívio Caeiro da Universidade de Évora. Nas décadas de 1990 e 2000, a valorização do sítio arqueológico está sob a alçada do então IPPAAR, tendo como responsável científico Filomena Barata. Pela primeira vez o sítio é objecto de abordagens científicas interdisciplinares por um tempo longo, que cobrem a escavação, estudo de materiais, restauro de estruturas e levantamento topográfico, e que se consumam na inauguração do Centro Interpretativo das Ruínas Romanas de Mirobriga, em 2001.

Desde 2005 que o sítio tem sido estudado por uma equipa liderada por Felix Teichner da Universidade de Frankfurt, com a realização de escavações e de prospecção geofísica para a elaboração de uma planta de sítio mais exaustiva, através da determinação de estruturas ainda não escavadas existentes no subsolo.

O sítio: localização geográfica e cultural na Antiguidade

A cidade romana de Mirobriga (CMP 1/25000; UTM P=4207,1; M=527,9) situa-se junto à costa alentejana, a cerca de 17 km de Sines e a 1 km de Santiago do Cacém, na franja ocidental da Serra de Grândola. Situada em parte sobre um esporão onde se localizava o povoado indígena da Idade do Ferro, estende-se em época romana pelas encostas a Sul e Oeste. Visualmente, controla o território que se estende pela costa sul alentejana, até à Serra do Cercal e avista ainda ligeiramente o mar a Oeste.

O seu nome, terminado com o sufixo briga, relaciona-a com a cultura indo-europeia, de cariz continental, que atingiu a Península Ibérica através das entradas de tribos celtas ao longo do primeiro milénio a.C. e particularmente a partir do século V a. C.. Assim, se na Orla Marítima de Avieno, escrita no século IV d.C., mas que se deverá basear num périplo fenício do século VI a.C., o território alentejano parece estar sob o domínio de um povo com o nome de Cempses, já na viragem da era, o geógrafo Estrabão, no volume IV da sua Geografia, dedicado à Península Ibérica, atribui esta área aos Célticos, povo derivado das referidas penetrações celtas na Hispânia. É na década de 70 do século I d.C. que vemos Mirobriga na esfera da administração romana, através da História Natural, escrita por Plínio-o-Velho. Este autor refere a cidade como um ópido estipendiário, ou seja, que pagava um tributo a Roma, no qual habitavam os “mirobriguenses que se denominam de célticos”. A segunda referência à cidade é feita no século II por um outro geógrafo, Ptolomeu, o qual nos permite perceber a existência de duas cidades com este nome, havendo uma outra em território hoje espanhol.

As dúvidas quanto à identidade do sítio arqueológico do Castelo Velho/Chãos Salgados com a Mirobriga das fontes clássicas não desapareceram totalmente, embora seja relativamente consensual a sua atribuição. Durante os trabalhos de Fernando de Almeida na década de 1960, uma lápide funerária, encontrada na Herdade dos Francisquinhos, a 4km de Santiago do Cacém, e cuja veracidade levanta dúvidas para alguns estudiosos, veio confirmar a denominação da cidade ao referir-se a um Caio Pórcio Severo, mirobriguense céltico, embora seja mais normal que um indivíduo refira a sua origem quando morre fora do seu território. Uma outra lápide, com a referência a um Marco Júlio Marcelo, edil e duúnviro de M.F.M., provável abreviatura de município flávio mirobriguense, torna quase certo que estamos perante a cidade das fontes latinas. Mirobriga teria sido assim promovida a município romano, muito provavelmente na década de 70 do século I, aquando do principado de Vespasiano, em 73-74 d.C., quando muitas cidades peninsulares são promovidas administrativamente. Uma outra lápide dá-nos a saber que os seus cidadãos pertencem à tribo eleitoral Quirina e que nos órgãos administrativos se conta uma Ordem esplendidíssima. Teremos assim uma cívitas, região administrativa algo parecida com os nossos distritos actuais, que controlaria um território mais ou menos condizente com o litoral alentejano, confinando a Norte com a cívitas de Salácia (Alcácer do Sal). Ao nível religioso, temos também conhecimento do culto a várias das principais divindades do panteão romano: os deuses Manes, Marte e Vénus - esta última com um magistrado responsável pelo colégio sacerdotal -, e um outro deus, Esculápio, com festas dedicadas ao longo de cinco dias, como nos informa uma lápide dedicada por um médico nascido em Pax Iulia (Beja).

Não é de todo fácil explicar o porquê da escolha deste sítio para a implantação de uma cidade romana (Fig. 2). É verdade que já havia um povoado indígena que controlaria em parte o acesso à serrania e seus metais e que as escavações da cidade romana revelaram abundante escória de ferro ou cobre, provando a relação da cidade com a mineração; mas também é verdade que uma lápide parece referir-se a um cod., possível abreviatura de codicário, construtor naval. A proximidade ao mar seria então um outro factor para a importância da cidade, que deveria ter em Sines o seu porto, já que os estudos geológicos demonstram que em época romana a Lagoa de Santo André já se encontrava fechada ao mar, como hoje.

Do povoado indígena à cidade romana

O povoado da Idade do Ferro (Fig. 7) situava-se no esporão conhecido por Castelo Velho, que corresponde grosso modo ao fórum da cidade romana. Teria cerca de meio hectare de extensão e permanece ainda hoje mal conhecido, por ter sido arrasado em grande parte pela construção da praça romana. Sabemos contudo que terá sido fundado no século V a.C. e que poderia conter uma muralha, que vários autores hoje interpretam como um simples muro de sustentação. Este é visível na área traseira do templo romano, onde uma outra estrutura indígena (que a equipa americana interpretou com “templo céltico”, apesar de tal conclusão estar hoje rejeitada) foi parcialmente escavada e revela, para além da referida data de fundação, remodelações ao longo dos séculos seguintes e a sua manutenção até ao século I d.C., tendo sido poupada à razia que a maior parte do povoado sofreu com a constituição da cidade romana.

Na segunda metade do século I dá-se a grande reconversão urbanística que oblitera o povoado pré-romano e transforma um pequeno núcleo numa cidade romana com cerca de 10/14 hectares, ocupados de forma algo heterogénea. O núcleo urbano (Fig. 2) terá as componentes normais de uma cidade romana: fórum (praça principal com funções administrativas, judiciais e religiosas), banhos públicos, áreas residenciais, áreas de comércio e um plano viário estruturante. A topografia acidentada da área conduziu por seu lado a uma planimetria também ela ondulante e adaptada ao terreno. Se provavelmente o povoado indígena não possuía qualquer muralha defensiva, também a cidade romana parece ter sido poupada à construção de uma muralha delimitadora e verdadeiro marco simbólico, em muitas cidades do império, da chamada Paz Romana.

O fórum, de planta rectangular, possuía um templo centralizado (Fig. 3), com pódio que o elevava bem acima da praça. A este templo podemos aceder por duas escadarias laterais que conduzem ao espaço de entrada, o pronaos, separado da divisão interior, a cela, por uma fiada de colunas, num número provável de quatro. Todo o edifício seria forrado a cimento (opus signinum) e coberto por um lajeado de mármore, como ainda é visível na base da parede do pódio. É possível que do lado sudoeste da praça outras estruturas religiosas tenham sido implantadas, bem como um templete de planta em meia-laranja, no canto sudoeste da praça. Esta possuía um deambulatório, ou seja, um corredor, coberto por telhado, que circundava o recinto central ao ar-livre, pelos três lados complementares ao do templo central. Na área nordeste do fórum, encontramos os edifícios ligados às funções administrativas e judiciais, a basílica e a cúria. Um segundo templo de maior importância encontra-se elevado face à praça, no esporão onde se situam as estruturas preservadas do povoado indígena. Com uma escadaria para a praça, fechada ainda em época romana incerta, este templo seria provavelmente dedicado a Vénus, já que Fernando de Almeida encontrou uma estátua desta divindade nas escavações do seu interior.

O segundo grande núcleo urbano é constituído pelos banhos públicos, os melhores preservados em território nacional, em muito devido ao facto de terem sido construídos numa depressão que aproveitava a circulação mais abundante de águas pluviais canalizadas pelos diversos corgos circundantes. Estes banhos eram constituídos por dois grandes edifícios independentes e construídos em épocas sucedâneas. Tanto as chamadas termas oeste como este (Fig. 4) possuem fornalha (praefurnium) para queima de madeira, produtora do calor que circulava pelas arcarias subterrâneas (hipocausto) inferiores aos tanques de água quente (caldarium) e morna (tepidarium). Ambas possuíam também tanques de água fria (frigidarium) e latrinas. No caso das termas oeste, existia também uma sala de sauna, com paredes duplas receptoras desse calor. Todas estas áreas, bem como outras destinadas à preparação para os banhos, eram cobertas por telhados. Pelo menos um grande tanque de água fria (natatio), a céu aberto, está confirmado junto às termas este. Nas termas oeste, um grande pátio aberto situa-se imediatamente a oeste do edifício e ainda hoje só está parcialmente escavado.

As áreas residenciais estendem-se pela encosta mais suavizada ocidental, de uma forma heterogénea e com o predomínio total de uma vivenda (domus), casa individual (Fig. 5) de típica planta mediterrânica, com pátio central, a céu aberto e fornecedor de luz às restantes divisões (com janelas e portas para esse pátio) e muitas vezes possuidor de tanque receptor das águas pluviais. Na área residencial ocidental é bem visível a sua estruturação ao longo do decumano, linha topográfica Este-Oeste que delineava a cidade com a outra grande linha, o cardo, Norte-Sul, muito sinuoso, pela ondulação do terreno.

As áreas comerciais, com as suas típicas tabernae, lojas de uma única divisão, distribuem-se na rua que circunda completamente o fórum. Estas construções possuem normalmente uma alvenaria com ligantes precários, como terra barrenta, embora em duas áreas encontremos o uso de argamassa: nas lojas a sul do fórum e nas casas dessa área (“hospedaria” de Fernando de Almeida) e da área habitacional a sul do decumano ocidental. Também nestas áreas encontramos alguma maçonaria, bem como a existência de frescos nas paredes das habitações. Já os mosaicos, tão famosos em tantas cidades romanas, são até hoje desconhecidos em Mirobriga. Junto aos banhos públicos encontramos uma ponte de um só arco que servia de saída para a área do circo, grande recinto oblongo para corridas de cavalos e carros a cerca de 700m do núcleo central cidade (Fig. 6). Com uma espinha central em alvenaria, o circo teria bancadas em madeira e uma entrada monumental em pedra, parcialmente escavada nos anos 30 e 40 e hoje coberta em parte pela estrada municipal que liga Santiago a São Domingos. Este circo é um dos três conhecidos em território nacional e de longe o melhor preservado: o de Balsa (Quinta d’Ares, Tavira) é apenas conhecido por uma lápide e o de Lisboa apenas veio à luz do dia através de um troço da espinha central, nas obras do metro do Rossio.

Os ritmos cronológicos

O povoado indígena (Fig. 7A) vai sendo lentamente romanizado ao longo da época republicana, provavelmente ao longo dos séculos II e I a.C., quando existe alguma evidência nas escavações da área do futuro fórum. O povoado parece manter-se contudo letárgico até ao terceiro quartel do século I d.C., sendo possível que ainda na primeira metade do século I se construam algumas habitações entre o povoado indígena e as futuras termas. É então na segunda metade do século I, provavelmente na transição para a época flávia, nas décadas de 60 e 70, que um plano urbanístico intenso e veloz transforma radicalmente o espaço. São construídos o fórum e a rede viária da cidade, bem como uma boa parte da área habitacional. A vivenda a sul do fórum possui fresco do 3º ou 4º estilo pompeiano, com esta datação. As escavações recentes da área habitacional junto ao centro interpretativo também apontam para essa datação. Sem dados registados, é bem possível que as áreas comerciais também tenham sido levantadas nesta época. As termas oeste deverão ser flávias (último terço do século I), talvez ligeiramente posteriores. Na primeira metade do século II dá-se um novo esforço de ampliação da cidade, com a construção das termas este e da ponte. A área habitacional a sul do decumano oeste é também desta fase, como o demonstram os materiais das escavações antigas e os frescos de uma das vivendas. Também o circo deverá ser construído então. É também nesta fase do último terço do século I e primeira metade do século II que a cidade consome os seus mais elevados níveis de cerâmica fina de mesa, a terra sigillata, muito em voga no império.

O crescimento urbano extingue-se neste século II e a cidade parece viver calmamente com as estruturas erguidas anteriormente. Em meados do século III, o pavimento da ponte é restaurado e ampliado para sul cerca de 50cm, com a construção de uma nova caleira perpendicular que abastecia a natatio. É possível que o circo tenha sofrido obras também. O século III é assim uma época de preservação da malha pública existente. Nos finais do século III ou inícios do IV dão-se trabalhos de renovação de habitações privadas. Junto ao centro interpretativo, dois edifícios da área residencial vêem os seus espaços internos a céu aberto serem fechados com um telhado (num caso com pátio central) ou mesmo abandonados (num outro edifício de função indeterminada). Estas alterações coincidem com o fim do “período climático quente romano” e a transição para o denominado “período climático frio da Idade das Trevas”, de fácies glaciar e, por isso, mais frio e seco. A arquitectura romana de cariz mediterrânico encontra nesta época rejeições conhecidas em outros pontos do império.

É possível que no século IV os banhos públicos tenham uma utilização menor, embora devam subsistir até ao primeiro terço do século V, quando a Mirobriga perde a sua configuração urbana, pelo êxodo de quase toda a população. Terão ficado apenas algumas famílias que subdividem pelo menos duas vivendas junto ao centro interpretativo numa atitude de possível ocupação de edifícios abandonados. São estes grupos localizados que explicam que ainda haja importações de cerâmica fina de mesa oriental, bem como de azeite africano até inícios do século VI.

Mirobriga termina então a sua vida voltando a ter uma ocupação no século XVI, através da construção da Basílica de São Brás. No século XVIII, constrói-se o pelourinho de Santiago do Cacém com uma coluna recolhida nas ruínas de “uma antiga cidade”. O futuro do povoamento desta região, nos séculos V e VI, época de instabilidade política na sequência da instalação de grupos bárbaros na Lusitânia, passa talvez por Santiago do Cacém, algo ainda por estudar, e certamente por Sines, com um importante núcleo arquitectónico visigótico.

Bibliografia

ALMEIDA, F. (1964) - Ruínas de Miróbriga dos Célticos (Santiago do Cacém). Setúbal: Junta Distrital de Setúbal.

ARTHUR, M. L. C. (1983) - Merobriga. Santiago do Cacém (Portugal). Caesaraugusta, 57-8. Zaragoza, p. 51-109.

BIERS, W. R. & et Al. (1988) - Mirobriga. Investigations at an iron age and roman site in southern Portugal by the University of Missouri-Columbia, 1981-1986 (BAR International Series, 451).Oxford.

BARATA, M. F. (1997) - Miróbriga. Urbanismo e arquitectura. Tese de Mestrado apresentada na Faculdade de Letras da Universidade do Porto.

BARATA, M. F. (2001) - Ruínas Romanas de Miróbriga. Roteiros da Arqueologia Portuguesa, 7. IPPAR.

BARATA, M. F. (2010) - Caracterização geral de Mirobriga. In T. NOGALES BASARRATE (ed.), Ciudad y foro en Lusitania romana(Studia Lusitana, 4), p. 201-230.

DELGADO, M. (1971) - Cerâmica campaniense em Portugal. Actas do II Congresso Nacional de Arqueologia. Coimbra, p. 403-420.

ENCARNAÇÃO, J. d’ (1984) - Inscrições romanas do conventus pacensis. Coimbra: Faculdade de Letras de Coimbra. Instituto de Arqueologia.

GUERRA, A. (1995) - Plínio-o-Velho e a Lusitânia. Lisboa: Edições Colibri.

QUARESMA, J. C. (2012) - Economia antiga a partir de um centro de consumo lusitano. Terra sigillata e cerâmica africana de cozinha em Chãos Salgados (Mirobriga?). Estudos e Memórias, 4. Lisboa: UNIARQ.

SILVA, J. G. Cruz e (1944) - Apontamentos e considerações sobre as pesquisas arqueológicas realizadas desde 1922 nos concelhos de S. Tiago-de-Cacém, Sines e Odemira. Arquivo de Beja, 1 (1). Beja, p. 226-231

SILVA, J. G. Cruz e (1945) - Apontamentos e considerações sobre as pesquisas arqueológicas realizadas desde 1922 nos concelhos de S. Tiago-de-Cacém, Sines e Odemira. Arquivo de Beja, 2 (1-2). Beja, p. 129-234.

SILVA, J. G. Cruz e (1946) - Apontamentos e considerações sobre as pesquisas arqueológicas realizadas desde 1922 nos concelhos de S. Tiago de Cacém, Sines e Odemira. Arquivo de Beja, 3. Beja, p. 336-351.

SOARES, J. & TAVARES DA SILVA, C. (1997) - De Miróbriga a Santo André pelos domínios da arqueologia. Santiago do Cacém: Da arqueologia à história. Pelo caminho das pedras. Santiago do Cacém: Museu Municipal de Santiago do Cacém, p. 15-17.

SOARES, J. & TAVARES DA SILVA, C. (1979) - Cerâmica pré-romana de Miróbriga. Setúbal Arqueológica,5. Setúbal: MAEDS, p. 159-84.

TEICHNER, F. (2006) - Romanisierung und keltische Resistenz? Die “kleinen” Städte im Nordwesten Hispaniens. In E. WALDE & B. KAINRATH (eds.), Die selbsdarstellung der römischen Gesellschaft in den Provinzen im Spiegel der Steindenkmäler. Akten des IX. Internationalen Kolloquiums über Probleme des Provinzialrömischen Künstschaffens, Innsbruck, 2005 (IKARUS, 2). Innsbruck: Innsbruck University Press, p. 335-348.

José Carlos Quaresma

 

Fig. 1 – As antigas escavações de Mirobriga foram dirigidas por Frei Manuel do Cenáculo, João Cruz e Silva e Fernando de Almeida (Barata, 2001).

 

Fig. 2 - Planta de Mirobriga (Quaresma, 2012).

 

Fig. 3 - Vista do templo central do fórum. Foto de Rosa Nunes.

Figs. 4A e 4B - Vista parcial do complexo termal. Fotos de Rosa Nunes.

 

Figs. 5A - 5C - Fresco do século II d.C. de vivenda (domus nº4 da Fig. 2) na área a sul do decumano oeste. Fotos de Rosa Nunes.

Fig. 6 - Vista aérea do circo (adaptado de Barata, 2001).

Fig. 7 - Evolução do sítio arqueológico de Mirobriga. Proposta de evolução de Chãos Salgados (desenvolvido a partir da base cartográfica das Ruínas Romanas de Mirobriga): A (Idade do Ferro), B (Época tardo-republicana), C (1a metade do século I d.C.), D (3o quartel do século I d.C.), E (Época flávia), F (1a metade do século II - séc. III), G (Séculos IV-V), H (meados do século V - 1a metade do século VI).

 

Fig. 8 - Mirobriga. Cerâmica decorada por cordões, incisões e estampilhas da 2ª Idade do Ferro. Seg. Soares e Tavares da Silva, 1997, Est. I e III.

Fig. 9 - Mirobriga. Cerâmica de verniz negro ou campaniense tardo-republicana. Seg. Delgado, 1971.

 

Fig. 10 - Mirobriga. Terra sigillata itálica da 1ª metade do século I d.C.. Seg. Quaresma, 2012.

Fig. 11 - Mirobriga. Terra sigillata sudgálica e hispânica de contextos do terceiro quartel do séc. I d.C.. Seg. Quaresma, 2012.

Fig. 12 - Mirobriga. Terra sigillata sudgálica e hispânica, vidro e paredes finas de contextos de época flávia. Seg. Quaresma, 2012.

 

Fig. 13 - Mirobriga. Terra sigillata hispânica, almofarizes e ânfora lusitana, cerâmica africana de cozinha, paredes finas e lucernas hispânicas e vidros de contextos da 1ª metade do séc. II d.C.. Seg. Quaresma, 2012.

 

Fig. 14 - Mirobriga. Terra sigillata africana, ânforas lusitanas e cerâmica comum de contextos de inícios do século III d.C.. Seg. Quaresma, 2012.

 

Fig. 15 - Mirobriga. Terra sigillata foceense tardia do último terço do século V d.C.. Seg. Quaresma, 2012.

Adicionar novo comentário