Classes de Coberto Vegetal: sinopsis
O espectro temático conseguido pela análise anteriormente referida apresenta-se seguidamente. Este espectro não deverá corresponder à versão final a apresentar no final deste projecto. Alguns novos temas poderão vir a ser definidos posteriormente, verificando-se equidade na sua detecção em toda a área de estudo. Concretamente, a distinção de dois tipos de juncais, a distinção entre canaviais e caniçais, a diferenciação de um maior número de tipos de matos estabelecidos sobre solos de rochas xistosas e cristalofílicas. As directrizes nomenclaturais para a definição dos biótopos relacionados com o coberto foram estabelecidas pelo programa EUNIS (Davies 2004, Moss, 2008), com relação com a terminologia CORINE, CEC (1991). Em relação às categorias de habitats agrícolas, a sistematização apoiou-se também no importante esforço conceptual expresso em Nery (2007). No caso das formações relacionadas com o sobreiro, foi também usada a análise de Pinto-Correia (1993).
Nesta fase consideram-se os seguintes grupos.
- Vegetação costeira não sujeita ao regime de marés
- Arribas
- Relvados da faixa de praia (dunas embrionárias)
- Matos dunares
- Grandes canais de deflação (“blowout”)
- Vegetação sujeita ao regime de marés oceânicas
- Estuário
- Sapal
- Sapal baixo
- Salinas e pisciculturas
- Lagoa costeira
- Vegetação em áreas com domínio arbóreo sujeito a práticas de gestão florestal ou agro- florestal
- Pinhais de pinheiro-bravo
- Pinhais de pinheiro-manso
- Montado
- Montado-aberto
- Montado-consociado
- Eucaliptais
- Vegetação lenhosa espontânea (matos e matagais)
- Matos xerófitos de solos arenosos
- Matos de solos calcários e areníticos com calcários intercalados
- Carrascal
- Carrascal aberto
- Carrascal em mosaico com relvados xéricos
- Matagal
- Matos em solos derivados de xistos e rochas cristalofílicas
- Esteval
- Matagal
- Sobreiral
- Vegetação de solos higrófitos ou de zonas húmidas dulciaquícolas
- Juncal
- Urzal húmido
- Canaviais (e caniçais)
- Galerias ripícolas arbóreas
- Lagoas temporárias
- Paul Vegetação de zonas de águas represadas
- Áreas agrícolas Relvados xéricos (frequentemente convergentes com pastagens não melhoradas)
- Relvados mésicos
- Sequeiro
- Sequeiro em mosaicos com vegetação arbórea florestal (incluindo a oliveira)
- Sequeiro consociados com pomares
- Regadios
- Mosaicos agrícolas
- Cultivos agrícolas de produção intensiva
- Cultivos agrícolas sob abrigo (estufas)
- Olival
- Vinha
- Pomares (citrinos essencialmente)
- Figueiral
- Amendoal (incluindo alfarrubeirais)
- Vegetação alóctone
- Acacial
- Vegetação alóctone indiferenciada
- Áreas artificializadas
- Locais de extracção de inertes
- Locais pontualmente urbanos
- Zonas de matriz urbana
- Áreas urbanas contínuas
- Zonas portuárias
Outras zonas artificializadas As formações arbóreas podem integrar povoamentos de diversas espécies. Se daí resultar uma modificação assinalável nas características dos ecossistemas, nessa circunstância classificam- se como consociadas. Têm especial relevância as consociações entre espécies funcionalmente muito distintas, como aquelas que se estabelecem entre os povoamentos de pinheiros e os povoamentos de sobreiros e de eucalipto. Não tem tanta a importância do ponto de vista funcional, a consociação entre pinheiros bravo e manso.