Metodologia
Os anfíbios foram inventariados durante a realização de visitas sistemáticas de amostragem, realizadas no inverno, primavera, verão e outono. Cada visita teve uma duração mínima de 4 horas por quadrícula. Durante estas visitas, a presença de anfíbios foi prospetada através da captura ativa com camaroeiro em sistemas lênticos (lagoas, tanques, etc.) e lóticos (ribeiras) para amostragem de adultos e girinos. Procedeu-se também ao levantamento de pedras e troncos à volta de linhas e planos de água ou outros micro-habitats favoráveis à ocorrência de anfíbios. Procedeu-se também à prospeção de animais atropelados.
Foram também realizadas saídas noturnas para deteção de anuros através das vocalizações, na primavera. Para este efeito foram realizados dois pontos de escuta passiva por quadrícula, cada um com a duração de 10 minutos. No outono e inverno foram ainda efetuados transectos noturnos de automóvel para localização de anfíbios, a velocidade reduzida (inferior a 20 km/h), em noites húmidas ou chuvosas. Esta metodologia envolveu a amostragem de cerca de 2 km de extensão por cada quadrícula.
Com vista a complementar a informação recolhida, consideraram-se também todas as observações obtidas fora do período de amostragem sistemática.
Os resultados para este grupo são apresentados em apenas um mapa por espécie, com indicação da presença da espécie em cada quadrícula de 5x5km. Para cada quadrícula é indicado se existe informação bibliográfica ou proveniente de inquéritos sobre a presença da espécie, se esta foi detetada durante os trabalhos de campo num local anteriormente referenciado ou se os trabalhos de campo permitiram detetá-la num local onde não havia sido observada anteriormente. Para além disso, foi ainda feito um mapa global de diversidade e outro do total de espécies de anfíbios ameaçados por quadrícula.