O Cabo de São Vicente e o seu farol: lugar grandioso carregado de memórias

Artur Vieira de Jesus

Poucas pessoas nunca terão ouvido falar, ou até lido, acerca deste espaço como o antigo Promontório Sagrado, ou seja, como um território com uma forte apetência para a uma intensa comunhão com o Absoluto, bem como para as manifestações e práticas religiosas ancestrais, numa área em que as alturas serranas mergulham na imensidão de um mar – que era, então, praticamente, desconhecido – desenvolveram-se expressões de espiritualidade muito próprias e muito acentuadas, que conheceram a sua maior expressividade e implantação a partir da época do Megalitismo, em plena Pré-História, mais concretamente do período Neolítico Final e num enquadramento paisagístico de excelência, invulgar e verdadeiramente Monumental.1

No entanto, a importância sagrada e estratégica deste extraordinário esporão rochoso, que irrompe por mar adentro, vai muito mais para além desse longínquo período no tempo. Todo este espaço exerceu um forte fascínio nos povos mediterrânicos e, entre eles, muito especialmente entre os homens da antiga Grécia e de Roma. Alguns deles, como Éforo (séculos V/IV a.C.) ou Estrabão (século I a.C. para o século I d.C.) destacaram aqui a sua importância, bem como a existência de templos, altares, libações, de pedras, também, sagradas e do facto dos deuses visitarem o local.2 Se estes autores gregos imortalizaram estes rochedos, outros autores, romanos, como Cláudio Ptolomeu (século II d.C.) ou Rufo Festo Avieno (século IV d.C.) não deixaram, igualmente, de salientar o carácter especial deste lugar, mencionado as suas águas cheias de criaturas fabulosas e louvando o mergulho do sol num mar revolto. 3

Enquanto o tempo e os séculos seguiram o seu curso normal, também este promontório seguiu a sua trajetória nos rumos da sacralidade. Aqui foram depositados, no longínquo ano de 779, os restos mortais de um dos mais importantes mártires da Igreja Cristã: São Vicente.4 Aqui se situou, muito provavelmente (e em tempos de ocupação muçulmana do território) esse mítico templo religioso que ficou conhecido como a Igreja do Corvo, morada de monges, lugar de romagem e de corvos que maravilhavam os visitantes.5 Mais tarde, na Lisboa do século XII, recém-conquistada, o primeiro rei de Portugal, D. Afonso Henriques tomou conhecimento, através de dois religiosos fugidos deste extremo da península, do estado de abandono em que se encontravam os restos do santo-mártir.6 Foi graças à intervenção do monarca que, em 1173, as relíquias vicentinas foram trasladadas para a importante cidade, na foz do tejo, que conquistara, em 1147.7 Foi, também, por esse motivo que o Cabo, outrora apenas Sacro deixou de o ser para se tornar…no Cabo de São Vicente.8

D. Afonso Henriques apesar de ter favorecido Lisboa, deixando à sua guarda os despojos do santo, não deixou, porém, de mandar construir um templo a ele consagrado no Cabo, onde terá ali deixado uma relíquia vicentina.9

O Cabo tornou-se, assim, na nossa, modesta e sentida, opinião, um monumento, um marco de consagração e glorificação do martírio triunfal de São Vicente, um santuário, cercado pelo mar e pelo seu murmúrio constante, pela terra agreste, pelos ventos fortes da região, contemplando, constantemente, o rítmico percurso de um Sol que se põe diante de si e que nos recorda a resplandecente luz que invadiu o seu cárcere. Tudo isso se materializou nesta imponente e majestática ponta rochosa, que se aos templos religiosos que se foram sucedendo no local e, até, mesmo a outros dois, tão importantes e imponentes quanto o próprio Promontório, situados na Cidade de Lisboa: a sua Sé Catedral e o grandioso Mosteiro de São Vicente de Fora. Passaram muitos séculos sobre estes acontecimentos, mas, mesmo assim, ainda hoje não podemos deixar de nos sentir tocados pela majestade e pelo poder deste local”.10

Mais tarde, outro Rei, D. Afonso III aqui mandou edificar mandou construir uma hospedaria para os peregrinos que demandavam estas paragens11 e o futuro Rei D. Afonso IV, então Infante, visitou o local.12

Dos séculos XIV e XV temos registo da existência de uma Ermida no Cabo de São Vicente13, à passagem da qual, por exemplo, a armada que se dirigiu a terras norte-africanas e cujas tropas tomaram Ceuta, em 1415, abrandaram o seu ritmo de navegação em reverência às relíquias que aqui se encontravam.14

À Ermida, o Eloquente Rei D. Duarte, pediu ao Papa Eugénio IV, no ano de 1434, para ser acrescentada uma casa de religiosos Franciscanos15 para prestarem auxílio aos romeiros, aos mareantes e, entre outras missões, ali darem uma condigna sepultura aos mortos.16 Aqui fez profissão de fé, em 1444, por exemplo, um dos escravos vindos de África e, entretanto, chegados a Lagos.17

O culto ancestral do mártir Vicente ganhou, nesta extremidade sudoeste do Algarve, uma maior dimensão com a fundação de um Mosteiro, por vontade do Bispo de Silves, D. Fernando Coutinho, primeiro destinado a religiosos da ordem de São Jerónimo e que, em 1516, foi entregue aos frades Franciscanos.18Contudo, além de um convento, o prelado mandou, igualmente, fazer no local “…uma torre de farol, compadecido da muita necessidade que dele tinham os navegantes, a qual servia de dar luz, e aviso em tempo de tempestade…”19.

Sabemos que a população conventual era constituída por cerca de dez monges, que viviam da caridade (local e régia) e que o edifício era de dimensões modestas, destacando-se no seu interior a sua cisterna e uma relíquia de São Vicente, guardada por dois corvos.20

Uma força atacante inglesa, chefiada pelo famoso corsário Francis Drake atacou o convento, em 1587 que apenas foi recuperado no ano de 1606.21

O culto ao mártir hispânico do século IV permaneceu bastante fervoroso neste local durante esses séculos XVI e XVII, através de uma vida religiosa ativa, da vinda dos fiéis e pelas diversas graças que lhe foram atribuídas, quer em terra, quer sobre as águas do mar.22 Esse fervor não diminuiu, certamente, até à sua extinção, ocorrida em 1834, na sequência da extinção das ordens religiosas masculinas em Portugal.

Finda a sua missão religiosa, o antigo Mosteiro de São Vicente do Cabo continuou a desempenhar uma outra, não menos importante e que já tinha raízes profundas no seu espaço: tornou-se um Farol. Tal aconteceu, durante o reinado de D. Maria II, no ano de 1846.

Segundo José Manuel Garcia, na sua magistral obra sobre Sagres:

“O farol assenta no sítio onde era a capela-mor da igreja, e talvez não muito longe do local onde teriam estado as relíquias de São Vicente.”23

O projeto do complexo edificado que encontramos hoje no local remonta, porém, a 1835, tendo sido encarregue da sua construção o engenheiro Gaudêncio Fontana24. A sua conclusão ocorreu sob a direção do brigadeiro António Cândido Cordeiro Pinheiro Furtado, no (já mencionado) ano de 1846.25 Sofreu uma campanha de obras entre 1904 e 1908 sendo, então, colocado um poderoso “…aparelho lenticular de Fresnel…”, ainda hoje existente, adquirido em Paris.26

Recebeu, no ano de 1914 o seu primeiro sinal sonoro de nevoeiro.27 Aliás, o potente sinal sonoro do farol é ainda hoje, na memória local, carinhosamente recordado como “a vaca”, ouvindo-se com clareza um pouco por toda a zona envolvente.

Conheceu as iluminações a azeite, petróleo e, finalmente, a eletricidade.28

Automatizado nos inícios da década de 80 do século XX29.

Numa publicação de 1987, da Marinha Portuguesa, podemos ler o seguinte:

“Conforme reza do Aviso aos Navegantes competente, a luz era de clarões brancos sucessivos de 5 em 5 segundos, rotação em 15 segundos, e o alcance luminoso rondava as 33 milhas.”30 Ou seja, a sua iluminação tem um longo raio de alcance de cerca de 60 quilómetros.31

Em 1987 esta importante estrutura de apoio à navegação tinha uma guarnição de 7 faroleiros cuja primordial missão era, e é, dar “…assistência ao farol…e aos assinalamentos da área de Sagres.”32 Hoje, tal como ao longo dos anos passados, o Cabo de São Vicente ainda está guarnecido com pessoal próprio.

O Farol do Cabo de São Vicente faz, hoje, parte de toda a carga simbólica e ancestral que podemos encontrar neste Cabo. Aos seus poderosos clarões luminosos (dos mais potentes em todo o Mundo), juntando-se-lhe toda a beleza da sua torre, a brancura dos seus edifícios, a sobriedade das suas muralhas e toda uma espantosa paisagem agitada pelas vagas marítimas e pela força dos ventos, continuamos a ter todo um espaço mítico onde o pôr-do-sol continua a ser tão especial e intenso quanto há milénios atrás…um Cabo tão sacro como em tempos mais distantes que merece ser visitado regularmente.

O depoimento de um antigo Chefe de Farol

Recentemente, mais concretamente a 03 de agosto de 2914, tivemos a grata ocasião de recolher o depoimento de um Primeiro-Tenente da Marinha Portuguesa, aposentado, natural do Concelho de Vila do Bispo, mais especificamente da localidade da Salema (Freguesia de Budens), onde nasceu a 03 de fevereiro de 1942. À data do nosso contacto residia em Vale de Milhaços (Concelho do Seixal), tendo a idade de 72 anos.

Na sua carreira como militar da Armada, Assalino António da Conceição Vieira, entre muitas outras ocorrências, na qualidade de especialista artífice condutor de máquinas, esteve em África (Moçambique), fez parte da guarnição da Fragata “João Belo” (F 48033) e, antes disso passou pelos faróis da costa portuguesa, mais especificamente, por dois dos mais importantes pelo seu posicionamento geográfico: o das Berlengas (Peniche) e o do Cabo de São Vicente (Vila do Bispo). No contexto deste último local e das memórias a ele associadas, interessou-nos, portanto, ouvir este antigo oficial de Marinha de Guerra Portuguesa.

Questionado acerca de como chegou ao farol de São Vicente, das funções que aqui desempenhou e do tempo em que aqui prestou serviço, Assalino Vieira explicou-nos que:

“Cheguei ao Cabo de São Vicente em 1970. Estive lá em 1970-71 (cerca de 2 anos). Fui chefe do farol, nomeado através da Marinha de Guerra, através da Direção de Faróis.”

Continuou, referindo:

“No meu tempo havia 4 faróis considerados principais para os quais era nomeado um Sargento Artífice Condutor de Máquinas: Leça da Palmeira (onde o chefe era, também, o instrutor dos maquinistas dos pesqueiros), o farol da Roca (onde havia também uma fábrica de acetileno e a partir de onde se prestava assistência técnica aos farolins das barras, boias de sinalização de portos, etc.), farol da Berlenga (isolado, mas que também funcionava através de energia de motor – 2 motores, Peter, facultavam energia elétrica e outros 2, Mercedes, que forneciam ar para as trompas do sinal sonoro) e o do Cabo de São Vicente (um dos mais importantes da costa portuguesa, talvez mesmo o mais importante).”

Acerca do serviço, o antigo chefe dos faróis da Berlenga e do Cabo de São Vicente informou que:

“Se eu estivesse em falta, como chefe, assumia o faroleiro mais antigo, como Subchefe do farol. Fazíamos manutenção e reparação de máquinas, revisões de motores. Eramos nós que controlávamos isso…revisões de máquinas, apontamentos de horas…eramos tudo. Fazíamos a manutenção diária do farol, pintávamos, caiávamos, areávamos. A limpeza era feita minuciosamente.”

Salientou que:

Existiam radiofaróis que mandavam sinais de morse para os navios captarem e saberem as suas posições.”

E, ainda, que:

Os faróis têm um período de rotação que é fundamental. O do Cabo de São Vicente dá a rotação completa em 15 segundos. Os flashes de luz eram 3.”

Se para este Oficial técnico da Armada, todos os faróis têm a sua importância, questionado sobre a importância do de São Vicente, especificamente, referiu que a sua importância é grande, pois neste local ocorre:

A confluência de toda a frota marítima. Toda a navegação tem de passar por aqui. É a ponta mais Sudoeste da Europa. É uma zona de grande importância estratégica.”

Se a sua escola foi proveitosa, trabalhosa e fértil em ensinamentos colhidos no farol da Berlenga, para Assalino Vieira, no Cabo de São Vicente:

O serviço foi normal. Toda a gente colaborou. Eramos todos amigos. Confraternizávamos. Juntávamo-nos todos os dias. Os faroleiros acompanhavam os turistas nas visitas ao farol. Quem estava de serviço é que fazia as visitas. Mostrava-se a cúpula, a ótica e a máquina. Pescava-se nas horas de lazer. As senhoras faziam rendas no vestíbulo. Autorizei que se expusessem crochés no local. Os turistas gostavam de vê-los e levavam-nos.”

Por norma, era de manhã que eram feitos os trabalhos de manutenção. O serviço começava às 7h00. À tarde, havia dispensa do pessoal, à exceção de quem estava de serviço. As visitas acabavam quando acendiam o farol. Acendia pela hora solar. Ao pôr-do-sol começava a funcionar. Ao nascer, apagava-se o farol.”

Recordou algumas questões mais operacionais:

Quando havia o caso de se fundir uma lâmpada, havia uma outra pronta a funcionar para a substituir. Era o cambiador que o fazia. A lâmpada acesa tem que estar no centro da ótica.”

Quando o farol foi construído utilizava lâmpadas de 12.000 watts. A partir de certa altura, chegou-se à conclusão que o que interessava era o alcance geográfico. Passou-se a utilizar lâmpadas de 3.500 watts. O alcance era de 32 milhas.”

O peso faz a rotação do aparelho. A máquina de relojoaria é que mantém a rotação em 15 segundos.”

Quando questionado acerca da importância que teve, na vida profissional e pessoal, a passagem pelo farol de São Vicente, Assalino Vieira enfatizou:

Representou, exatamente, uma experiência pessoal, depois da Berlenga. Dada a proximidade dos familiares optei pela chefia do farol do Cabo de São Vicente. A minha experiência foi adquirida na Berlenga. Fui com 25 anos chefiar um farol daquela importância.”

Para este nosso colaborador, a sua passagem pelo farol das Berlengas (onde passou vinte e cinco meses) foi extraordinariamente importante, pois foi a sua escola de aprendizagem e onde adquiriu a experiência necessária e útil para os serviços que se seguiram, entre os quais teve o prestado nesta importante ponta rochosa do Algarve, no concelho onde nasceu.

Em relação a episódios marcantes ou interessantes, destacou:

Estive uma altura 6 meses sem vir a terra. Tínhamos 2 dias mensais para virmos a terra. O barco vinha de Peniche buscar-nos. O mar condicionava as deslocações. Só se saía quando o mar deixava. Num dia vinha uma parte do pessoal, no outro vinha o resto. Às vezes ficávamos presos em Peniche por causa da agitação marítima.”

Quando foi do sismo (1969), na Berlenga, o aparelho flutuava sobre 600 e tal quilos de mercúrio…saíram mais de 100 da tina.”

Na Berlenga havia muitos ratos. Um deles infiltrou-se no radiofarol e provocou estragos. Andei à procura, para identificar o problema até que encontrei o rato morto…eletrocutado.”

Os coelhos eram a reserva alimentar dos faroleiros. Quem podia caçar eram eles. A autorização era dada pelo chefe do farol da Berlenga. Comiam-se ovos de gaivota (muito bons) e faziam-se imensas gemadas com eles.”

Um testemunho de vida importante de um homem da terra que chefiou uma importante estrutura de apoio à navegação, nos já distantes inícios da década de setenta, precisamente, na terra que o viu nascer e bem demonstrativo de como o saber é construído, também, a partir das experiências.

 

1JESUS, Artur Vieira de, “Vila do Bispo, Lugar de Encontros (I) ”, Vila do Bispo, Câmara Municipal de Vila do Bispo, 2013, p.124.

2Ibidem, p.125.

3Ibidem, p.128.

4CUNHA, Rui e GARCIA, José Manuel, “Sagres”, Vila do Bispo, Câmara Municipal de Vila do Bispo, 2.ª edição, 2004, p. 36.

5Ibidem, p. 34 e 35.

6Ibidem, p.37.

7Idem, ibidem.

8LOPES, João Baptista da Silva, “Corografia ou Memória Económica, Estatística e Topográfica do Reino do Algarve”, Vol. I da edição fac-similada editada pela Algarve em Foco - Editora, Faro, 1988, p.25.

9Artur Vieira de Jesus, op.cit., p. 149.

10Ibidem, p.150.

11Rui Cunha e José Manuel Garcia, op.cit., p.39.

12O Algarve e São Vicente”, Recolha e elaboração de dados do Cónego José Pedro de Jesus Martins e do Padre Joaquim José Duarte Nunes, Diocese do Algarve/Serviços Diocesanos de Pastoral, 2004, p.13.

13Artur Vieira de Jesus, op.cit., p.150 e 151.

14Ibidem, p.151.

15O Algarve e São Vicente”, p.13.

16Idem, ibidem.

17Artur Vieira de Jesus, op.cit., p.152.

18Ibidem, p.153.

19AGUILAR, J. Teixeira de, “Faróis – a terra ao mar se anuncia”, S.l., CTT-Correios de Portugal, 2008, p.6.

20Ibidem, p.154.

21Rui Cunha e José Manuel Garcia, op.cit., p.42.

22Artur Vieira de Jesus, op.cit., p. 155.

23Rui Cunha e José Manuel Garcia, op.cit., p.42.

24J. Teixeira de Aguilar, op.cit., p.8.

25Ibidem, p.9.

26Ibidem, p.11.

27Faróis de Portugal”, Direção de Faróis – Marinha Portuguesa, 1987, p. 15.

28J. Teixeira de Aguilar, p.11.

29Idem, ibidem.

30Faróis de Portugal”, p. 15.

31FIGUEIREDO, Jaime, “Guia dos Faróis de Portugal”, Porto, Cariátides, produção de projetos e eventos culturais Lda., 2004, p.27.

32Faróis de Portugal”, p.15.

33Número de amura do navio de guerra e que o identifica.

Bibliografia

AGUILAR, J. Teixeira de (2008) – Faróis – a terra ao mar se anuncia. S.l., CTT-Correios de Portugal.

CUNHA, R. & GARCIA, J. Manuel (2004) Sagres. Vila do Bispo: Câmara Municipal de Vila do Bispo (2.ª edição).

Faróis de Portugal (1987). Lisboa: Direção de Faróis – Marinha Portuguesa.

FIGUEIREDO, J. (2004) – Guia dos Faróis de Portugal. Porto: Cariátides, produção de projetos e eventos culturais Lda.

JESUS, A. Vieira de (2013) – Vila do Bispo, Lugar de Encontros (I). Vila do Bispo: Câmara Municipal de Vila do Bispo.

LOPES, J. Baptista da Silva (1988) Corografia ou Memória Económica, Estatística e Topográfica do Reino do Algarve, 1. Faro: Algarve em Foco, edição fac-similada.

MARTINS, J. P. DE Jesus & NUNES, J. J. Duarte (2004) O Algarve e São Vicente. Faro: Diocese do Algarve/Serviços Diocesanos de Pastoral.

Fontes orais

Depoimento do Sr. Assalino António da Conceição Vieira, natural da Salema (Budens, Vila do Bispo), a 03 de fevereiro de 1942, residente em Vale de Milhaços (Seixal), atualmente aposentado da Armada Portuguesa, no posto de 1.º Tenente e que exerceu as funções de Chefe do Farol do Cabo de São Vicente em 1970-71. A recolha foi efetuada na Salema no dia 03 de agosto de 2014 por Artur Vieira de Jesus, técnico superior da Câmara Municipal de Vila do Bispo.

 

Fig. 1 – Selo dos CTT - Correios de Portugal da colecção “Faróis da Costa Portuguesa”, ed. 1987. A partir de original a guache pela pintora Maluda. (http://maluda.eu/wp-content/uploads/2008/03/1987_farois.jpg).